Como anúncios do YouTube podem ter violado a privacidade de crianças nos EUA – Olhar Digital
Anúncios no YouTube podem parecer algo aleatório, mas nunca são. Um novo caso mostrou o problema disso: um banco
Anúncios no YouTube podem parecer algo aleatório, mas nunca são. Um novo caso mostrou o problema disso: um banco canadense contratou uma empresa para realizar anúncios de um cartão de crédito e veiculá-lo usando IA nos navegadores de possíveis clientes.
No entanto, o Google, dono do YouTube, o reproduziu em vídeos de um canal infantil dos Estados Unidos e todos que clicaram nele tiveram seus navegadores rastreados. Diversas empresas fazem isso e o caso abriu um precedente: quantas companhias de tecnologia estariam coletando informações de crianças no mundo inteiro e violando sua privacidade sem que elas ao menos soubessem?
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Segundo o The New York Times, o caso abriu precedentes que podem violar uma lei federal de privacidade, que estipula que a coleta de dados de menores de 13 anos deve ser consentida pelos pais.
Antes disso, YouTube e Google já haviam pago multa multimilionária por coletarem informações de crianças ilegalmente. Eles se comprometeram a parar de veicular anúncios personalizados em vídeos destinados ao público infantil.
Já uma análise do The Times deste mês descobriu que a plataforma estava veiculando anúncios (inclusive em canais infantis) que levavam a sites que colocavam rastreadores nos navegadores dos usuários, possibilitando a coleta de dados.
Direcionar anúncios a vídeos infantis não viola as leis de privacidade, mas coletar dados sim. Em resposta ao jornal, o Google respondeu que a empresa não tem capacidade de controlar a coleta de dados de sites depois que o usuário clica e sai da plataforma do YouTube.
De acordo com a big tech, isso poderia acontecer em um anúncio de um site qualquer que não o YouTube.
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Vitoria Lopes Gomez é redator(a) no Olhar Digital
Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.