O marketing digital jamais sustentará a sua marca sozinho – O Presente Rural
E a integração não deve se limitar apenas aos formatos digitais, como blogs e e-mails. Ela deve abranger também
E a integração não deve se limitar apenas aos formatos digitais, como blogs e e-mails. Ela deve abranger também meios offline, como materiais impressos, eventos presenciais e, até mesmo, a publicidade em mídias tradicionais
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Segundo dados da Statista, as marcas estão investindo cerca de US$ 680 bilhões em marketing digital em 2023, 10% a mais comparado ao ano passado. E o crescimento da área não para por aí. Ainda de acordo com o estudo, a expectativa é que esse montante atinja US$ 910 bilhões até 2027.
De fato, não há como negar a importância do “digital”. Além dos próprios números, o avanço do conceito é tamanho que já se tornou comum nos referirmos a ele como um sinônimo para qualquer ação do setor, não apenas como uma das áreas a serem exploradas.
Embora essa preferência seja compreensível, acredito que muitas empresas estão “perdendo a mão” na questão. O entusiasmo das marcas em explorar o mundo do marketing digital atingiu um ponto em que, por vezes, parece haver um exagero no número de publicações em suas redes sociais.
Hoje, num mercado tão concorrido e competitivo, as companhias precisam entender que a construção de uma reputação não passa somente pela publicação de uma imagem ou um vídeo sobre um produto. É preciso que o marketing seja muito bem elaborado e estruturado, capaz de mostrar verdadeiramente toda a expertise da empresa por meio de conteúdos estrategicamente integrados.
E a integração não deve se limitar apenas aos formatos digitais, como blogs e e-mails. Ela deve abranger também meios offline, como materiais impressos, eventos presenciais e, até mesmo, a publicidade em mídias tradicionais. Isso está longe de querer dizer, no entanto, que a tecnologia precisa ficar de fora das ações.
Estratégias envolvendo o cada vez mais influente universo imersivo, baseado nas tecnologias de realidade virtual (VR), realidade aumentada (AR) e mixed reality (MR), também têm uma altíssima relevância no atual cenário. Quanto melhor a empresa conseguir se apropriar de forma conjunta desses diferentes formatos, visando a construção de uma narrativa sólida no entorno de sua marca, maior também será o resultado da campanha.
Um exemplo prático é a contratação de influenciadores digitais. Por mais que essa estratégia seja habitual hoje em dia, tenho percebido que diversas companhias tentam utilizar a imagem do contratado apenas para publicações genéricas, sem se preocupar em atrelar a mensagem ao posicionamento da marca.
Por outro lado, imagine uma corporação que aproveite o personagem para produzir peças estratégicas, mapeando a possibilidade de estruturar materiais para diferentes frentes, produzindo filmes publicitários que sejam capazes de inserir a marca e o influenciador como verdadeiros protagonistas da história. Nesse segundo caminho, o marketing digital é apenas mais um dos canais para a divulgação de um conteúdo vasto, que tem como base um universo que alia textos a imagens de forma muito mais sólida e estruturada.
Outro exemplo interessante pode ser dado diante da organização de eventos ou ações presenciais. Além de conseguirem desempenhar um papel significativo na construção de uma narrativa mais próxima e viva junto aos consumidores, algo muito apreciado sobretudo no contexto atual de pós-pandemia, tais projetos contribuem ainda para a construção de materiais mais interessantes e encantadores para a própria rede social da marca. Ou seja, o marketing digital estará presente na campanha, mas será o marketing integrado que permitirá que o conteúdo construído para o digital seja poderoso.
A verdade é que já não há mais dúvidas sobre a importância do marketing digital para as empresas. No entanto, vale destacar que a verdadeira chave para o sucesso reside na construção de um conteúdo integrado e em estratégias que se complementam.
Sem esse cuidado meticuloso, a eficácia das ações digitais tende a diminuir consideravelmente em comparação àquelas marcas que dedicam tempo na construção de todos esses detalhes. É hora dos gestores de marketing se sintonizarem com esse movimento e perceberem que o sucesso no cenário digital vai além da mera presença online – afinal, é a harmonia entre estratégias que faz toda a diferença.
Por Ricardo Tarza, sócio e diretor de inovação e criatividade na DreamOne.
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A competitividade da agropecuária brasileira assusta produtores rurais em muitos cantos do mundo. E eles se defendem como podem
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Por Aline Locks, CEO Produzindo Certo
As relações internacionais, diplomáticas ou comerciais, têm muitas nuances. Governos e seus representantes costumam andar no fio da navalha entre os interesses de seus públicos internos – eleitores, em grande parte – e de consumidores externos, com seus mercados e exigências.
Para o agro brasileiro, que negocia com mais de 160 países, há muito o que entender e se adaptar. E muito o que negociar e conciliar.
A competitividade da agropecuária brasileira assusta produtores rurais em muitos cantos do mundo. E eles se defendem como podem. Se não é possível ter a escala, o clima e outras condições de ampliar sua própria produtividade, escoram-se na pressão sobre seus governos para que reforcem as barreiras de proteção de seus mercados.
Tratores nas ruas e bloqueios nas estradas europeias, nas últimas semanas, são parte desse jogo de interesses muitas vezes não declarados. No início desta semana, a Comissão Europeia cedeu à pressão de agricultores de vários países do bloco, que fizeram protestos ruidosos contra imposições ambientais que lhes haviam sido impostas internamente.
E, de quebra, ergueu alguns centímetros nas muralhas que dificultam a entrada de grãos vindos de países em que os modelos de produção são mais favoráveis e, portanto, permitem produção a custos mais baixos.
Há dois aspectos a serem observados nas demandas dos produtores europeus. Um deles é, de fato, o peso das exigências que lhes eram feitas por alguns governos – como a redução drástica no uso de fertilizantes nitrogenados e de pesticidas, e a necessidade de restaurar florestas em 4% das áreas das propriedades –, que, em alguns casos, inviabilizava a atividade dentro dos padrões locais.
O outro, menos explícito, é a percepção, por parte desses produtores, que um eventual acordo comercial com o Mercosul, que ampliasse a presença de nossos produtos agropecuários por lá, evidenciaria ainda mais a ineficiência do modelo produtivo europeu.
Com eleições para o Parlamento Europeu à vista, os tratoraços passaram a ser um incômodo político importante para os governantes, que se viram sem alternativa a não ser ceder. Relaxadas as demandas ambientais locais e ampliados os benefícios aos produtores, faltava apenas subir o tom contra os “parceiros” do Sul.
O presidente francês, Emmanuel Macron, tornou-se voz ativa contra o acordo com o Mercosul e não é de se espantar que barreiras ambientais, que já haviam sido alvo de intensas negociações, voltem à mesa.
O princípio da isonomia, tão frequentemente citado nas negociações diplomáticas, não vale, assim, nessa conversa. Esperar que os europeus tratariam nossos produtores como tratam os deles e relaxassem também as exigências em torno da rastreabilidade da nossa produção, por exemplo, seria uma grande ilusão.
De nossa parte, o caminho a ser mantido é o da coerência. Se nos apresentamos como uma grande potência agroambiental, temos que sustentar o discurso com ações e continuar no sentido de implementar os compromissos de redução de desmatamento e de descarbonização já assumidos. Também nisso temos tudo para ser exemplo.
Valorização se deve à oferta interna ligeiramente menor e à procura aquecida.
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Os preços da carne suína vêm subindo com mais força em relação às concorrentes (de frango e bovina) no atacado da Grande São Paulo, perdendo competitividade frente às duas proteínas.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a valorização da carne suína se deve à oferta interna ligeiramente menor e à procura aquecida.
No entanto, agentes consultados pelo Centro de Pesquisas já observam diminuição no ritmo das vendas, contexto que pode pressionar as cotações nos próximos dias.
Procura de frigoríficos segue relativamente baixa, e as escalas, alongadas em todas as praças do estado de São Paulo.
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Os preços do boi gordo avançam fevereiro em queda – na parcial do mês (até o dia 14), o Indicador CEPEA/B3 recuou 3%.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a procura de frigoríficos segue relativamente baixa, e as escalas, alongadas em todas as praças do estado de São Paulo.
Quanto ao número de animais abatidos em 2023, a divulgação do IBGE confirma o que as cotações já mostraram: a oferta dos pecuaristas superou a demanda dos frigoríficos, levando ao ajuste negativo dos preços ao longo do ano.
Os dados ainda preliminares mostram que foram abatidas 33,9 milhões de cabeças (machos e fêmeas) em 2023, total que se aproxima do recorde de 2013, na marca de 34,4 milhões de animais. No comparativo com 2022, o aumento é de 13,2%.
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