Como o WhatsApp ganha dinheiro? [monetização de mensagens] – Tecnoblog – Tecnoblog
O WhatsApp é gratuito e, ainda, não exibe anúncios… Então, como o WhatsApp ganha dinheiro? A resposta chega em
O WhatsApp é gratuito e, ainda, não exibe anúncios… Então, como o WhatsApp ganha dinheiro? A resposta chega em breve
Em 2014, o Facebook gastou US$ 19 bilhões para comprar o WhatsApp que, naquela época, tinha 450 milhões de usuários ativos mensais. Hoje, o mensageiro é usado por mais de 1,5 bilhão de pessoas, em 180 países — sendo um bilhão desses ativos diários. É natural se perguntar: como o WhatsApp ganha dinheiro? É disso que vamos tratar.
De lá para cá, o WhatsApp desistiu de cobrar US$ 0,99 pela assinatura/renovação anual do aplicativo e prometeu não mostrar anúncios. A ideia era buscar outras formas de monetização e “explorar maneiras para facilitar a sua comunicação com as empresas de sua preferência, sem a exibição de anúncios ou spam”, prometeram lá em 2016.
Anúncios no WhatsApp Status
Embora a base do WhatsApp tenha se expandido significativamente, o Facebook está apenas começando a mapear sua monetização. A primeira ação foi anunciar que o WhatsApp Status começaria a mostrar anúncios, como é no Instagram Stories.
Contudo, a exibição de anúncios, prevista para 2020 nos Status do WhatsApp, é apenas um dos tentáculos de um enorme polvo. A grande aposta é no WhatsApp Business, uma versão do mensageiro voltada para empresas e, principalmente as pequenas e médias.
WhatsApp Business
No Business, quem brilha os olhos de Mark Zuckerberg é um novo recurso que tornará o WhatsApp uma ferramenta de marketing valiosa para pequenas empresas: o catálogo de produtos, que permite que vendedores configurem vitrines para exibir facilmente suas mercadorias (de quentinhas a prestação de serviços) para clientes no WhatsApp.
Antes disso, as empresas tinham que enviar mensagens longas e fotos para compartilhar produtos com possíveis clientes ou direcioná-los para um e-commerce, o que é custoso para o pequeno empreendedor. O recurso já foi lançado nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Alemanha, no Brasil, no México, na Indonésia e Índia.
Pagamentos Móveis
A engrenagem que falta para fazer os catálogos de produtos serem uma fonte de renda é um outro braço dos negócios do grupo Facebook: pagamentos móveis. A plataforma criou um serviço de pagamento anunciado como Facebook Pay, uma carteira digital para transações no WhatsApp e no Instagram (que já deu as caras no WhatsApp Beta). É ali que o grupo deve cobrar taxas por transações e “fazer dinheiro” no WhatsApp.
A plataforma já manifestou seu interesse em unir Facebook, Instagram e WhatsApp em uma “nuvem de mensagens”, o que tornaria o compartilhamento do serviço de pagamentos pelos três aplicativos mais fácil. Os planos também se encaixam no Libra, um projeto de criptomoeda do Facebook que, polêmico, vem enfrentando desafios.
Contudo, o caminho não será fácil. Fundadores do WhatsApp deixam a empresa após a aquisição por não concordar com os caminhos que a monetização da plataforma está tomando e com o tratamento dos dados dos usuários. Jan Koum e Brian Acton se despediram de Zuckerberg em momentos diferentes, mas com discurso semelhante.
Os Estados Unidos podem impedir a fusão do Instagram, WhatsApp e Messenger e o presidente americano, Donald Trump, disse que Libra e Bitcoin não são dinheiro e devem ser regulados. Enquanto isso, os planos do Facebook Pay estão em curso com parceiros financeiros nos EUA e devem ser expandidos em breve a outros locais.
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Melissa Cruz Cossetti
Ex-editora
Melissa Cruz Cossetti é jornalista formada pela UERJ, professora de marketing digital e especialista em SEO. Em 2016 recebeu o prêmio de Segurança da Informação da ESET, em 2017 foi vencedora do prêmio Comunique-se de Tecnologia. No Tecnoblog, foi editora do TB Responde entre 2018 e 2021, orientando a produção de conteúdo e coordenando a equipe de analistas, autores e colaboradores.
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