Como é o trabalho das empresas de recolocação profissional – VEJA
O termo headhunter é mais familiar aos trabalhadores que pretendem mudar de empresa ou que, após demitidos, procuram seu
O termo headhunter é mais familiar aos trabalhadores que pretendem mudar de empresa ou que, após demitidos, procuram seu próximo emprego. Profissionais de headhunting vão em busca dos melhores talentos para as empresas que os contratam – e, por isso, geralmente seu foco está sobre profissionais para cargos de chefia. Menos difundido é o outplacement – mas nem por isso ele é menos requisitado. Nesse serviço, em vez de ajudar uma empresa a identificar um novo executivo ou um talento em potencial, o trabalho é o de ajudar o profissional desempregado a se recolocar no mercado de trabalho.
Em um cenário com taxa de desemprego de 11,8%, atingindo 12 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a busca pelo serviço de recolocação tem crescido, segundo profissionais do setor. As empresas de outplacement ajudam os trabalhadores a elaborar e melhorar atualizar seu currículo para que ele possa ser de fato avaliado pelos contratantes, dá treinamento sobre como se portar em uma entrevista de emprego, oferece palestras de orientação profissional e presta assessoria sobre como se portar e como se comunicar nas redes.
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“Muitas vezes, a empresa que demite apoia o funcionário e contrata empresas para ajudá-lo nesse processo de transição”, diz Telma Guido, diretora da Right Management, área da consultoria ManpowerGroup que lida com recolocação. Segundo ela, a empresa presta um suporte para que o profissional tenha preparo para voltar ao mercado. “A estratégia tem que ser consistente, elaborada. Não pode disparar para qualquer lugar.”
O sócio diretor da BR Talent, Rudney Pereira Júnior, conta que o candidato também contrata a empresa de outplacement como forma de buscar uma ajuda profissional. “Para ele, é um processo de autodescoberta, de reorientação.”
O serviço de recolocação pode ser contratado por qualquer pessoa, mas costuma ser oferecido pela empresa que desligou o funcionário de seu quadro, mas que deseja vê-lo ativo no mercado. Quando se trata do segundo caso, não há custos para o profissional.
O valor a ser pago pelo serviço não segue uma única regra. “Ele varia de empresa para empresa. Isso porque há serviços que podem ser fechados por determinado tempo e outros que podem variar de acordo com a experiência do profissional, por exemplo”, diz Pereira. Ele ressalva, no entanto, que “não se trata de uma quantia estratosférica”. As empresas de outplacement atendem tanto profissionais de cargos júnior a presidentes de grandes companhias.
Com o aumento das demissões, a busca pelos serviços de recolocação tem crescido consideravelmente, afirma Pereira Júnior. “Ainda mais nesses últimos dois anos. Tanto é que a concorrência aumentou, ainda mais de gente que não tem preparo”, explica.
Telma Guido, da Right Management, sugere que mais do que uma simples pesquisa sobre quais agências de recolocação deseja contratar, os candidatos visitem essas empresas. Isso dará uma noção mais clara da seriedade e dos recursos disponíveis dessas prestadoras de serviço. “É importante visitar, perguntar sobre a rede de contatos, investigar a fundo. Assim, a pessoa se sentirá mais segura”, diz.
Luís Fernando Martins, diretor da Hays Response (que só atende pessoa jurídica), faz uma ressalva: o serviço de outplacement não é garantia de que o candidato será contratado por alguma empresa. “A ideia é justamente preparar o profissional para voltar ao mercado”, diz.
Normalmente, a remuneração está baseada no último salário do profissional. O natural é que trabalhadores com menos experiência tenham menos a mostrar – e, portanto, nem tudo o que as empresas de outplacement oferecem será aproveitado por essas pessoas. Assim, elas tendem a pagar apenas uma fatia de seu último salário – de 25% em alguns casos, de 50% em outros, mas o porcentual varia muito.
Para profissionais mais experientes, a tendência – mas não a regra – é que ele precise de mais serviços. Afinal, uma pessoa com muito tempo de casa muitas vezes sequer lembra como se portar em uma entrevista de emprego, enquanto, para os mais jovens, é possível que apenas as dicas sobre como preencher o currículo já bastem. Assim, é possível que esse profissional precise pagar mais que 100% de seu último salário. Se essa pessoa ganhava 30.000 reais por mês, por exemplo, é possível que seu pacote de serviços custe 35.000 – embora, como frisam as agências de outplacement, essa não seja uma regra. O serviço pode também custar muito menos que isso.
A forma de pagamento costuma ser flexível na maior parte das empresas. É possível pagar à vista, parcelar, fazer o pagamento antes de uma eventual contratação ou pagar apenas quando (e se) conseguir o primeiro salário. Tudo é negociável, dizem as agências.
BR Talent – (11) 3145-7666
Right Management – (11) 2155 2888
Michael Page – (11) 4505-6000
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