CDU insta Câmara do Porto a repor “legalidade” e mudar nome do Super Bock Arena – Público
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A designação Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota – e não o contrário – vai contra a “decisão municipal” de Novembro passado e “não tem suporte legal”, defendem comunistas. Proposta vai ser levada à Assembleia Municipal desta segunda-feira
A proposta aprovada em Novembro de 2018, apesar dos votos contra de toda a oposição, não previa que o renovado pavilhão se denominasse Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota, como acabaria por se confirmar. E, por isso, a Câmara do Porto deve contestar a opção do consórcio e adoptar as “medidas necessárias à reposição da legalidade”. A proposta de deliberação vai ser levada à Assembleia Municipal desta segunda-feira à noite pela CDU, que defende que a designação dada ao pavilhão “contraria a decisão municipal” e “não tem suporte legal”.
Os comunistas entendem que a “natural polémica” de renomeação do pavilhão pode ser contestada com base naquilo que os vereadores na autarquia votaram. A proposta do executivo de Rui Moreira – aprovada com os votos contra de toda a oposição –, previa “acrescentar no uso corrente e durante a vigência do referido contrato, à designação toponímica do Pavilhão Rosa Mota, a marca comercial ‘Super Bock Arena’”, o que “não altera a designação formal ou corrente do equipamento, traduzindo-se apenas na adopção suplementar de branding”, recorda o grupo municipal da CDU na proposta.
“Parece evidente, pela leitura do seu conteúdo, que o pavilhão continuaria a designar-se por Rosa Mota, acrescentando-se, a essa designação principal, ‘Super Bock Arena’”, consideram, deixando fora da discussão as posições políticas sobre o modelo de negócio escolhido para a requalificação do Pavilhão Rosa Mota.
A atleta olímpica faltou à inauguração do “seu” pavilhão, na passada segunda-feira, dizendo-se, numa carta enviada a Rui Moreira, “enganada” pela autarquia. O presidente da câmara desvalorizou a polémica, pedindo que não haja “complexos pelo nome ter associada uma marca de bebida alcoólica porque antes de aparecer essa marca já o Porto era conhecido pelo seu vinho do Porto”. Mas Rosa Mota já fez saber, através do seu companheiro e ex-treinador José Pedrosa, estar a preparar-se para contestar a decisão.
Entretanto, a ex-vereadora Manuela de Melo comunicou a Rui Moreira a sua saída da Comissão de Toponímia da cidade, por considerar haver um “desrespeito” por um símbolo do Porto, enquanto Rui Moreira falou numa “campanha de desinformação”.
Rosa Mota havia mostrado, desde o início do processo, desconforto com a associação do seu nome a uma bebida alcoólica, embora seja confrade da cerveja desde 2008. Contradição? Não, disse ao PÚBLICO fonte próxima da maratonista, argumentando que o convite foi aceite com o objectivo de promover a cerveja sem álcool.
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