Empreendedoras criam marca de cannabis especificamente para mulheres – Forbes Brasil
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Com produtos de CBD e uma boa estratégia de marketing, as donas da Sugar e Kush conquistaram um mercado majoritariamente masculino
É fácil vender um batom para uma pessoa apaixonada por maquiagem ou um snack de algas marinhas para um fanático por comida saudável, mas o que é muito mais difícil (e pode ter mais oportunidades) é desenvolver uma marca em uma indústria mal compreendida. É exatamente isso que as fundadoras da Sugar e Kush, Laura Brenner e Danielle Papajan, fizeram ao lançar sua linha de produtos de CBD, um dos compostos não psicoativos da cannabis.
Embora a indústria de CBD (também conhecido como canabidiol) deva atingir uma avaliação de US$ 3,5 bilhões este ano, a maioria dos consumidores não entendia a diferença entre os produtos de CBD e o THC psicoativo – algo que Laura e Danielle trabalham incansavelmente para mudar. A história delas de construir seu negócio de sete dígitos a partir do zero prova como é fundamental acreditar em seu produto e ajudar os consumidores a compreenderem o valor por si mesmos – mesmo quando há muitos obstáculos a superar em seu caminho para o sucesso.
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Laura foi diagnosticada com câncer de ovário no estágio 3 quando tinha apenas 31 anos, com tumores encontrados em seu útero, ovários e diafragma. Depois de cirurgias para removê-los, ela se concentrou fortemente em remédios naturais para curar seu corpo. Junto a um estilo de vida totalmente natural – de veganismo e medicina alternativa -, ela se apegou fortemente ao CBD e ao THC. “Depois de 90 dias dessa maneira, eu estava livre do câncer”, conta.
Das mudanças de estilo de vida e acréscimos que ela fez, uma das que mais a impressionou foi o CBD. Laura então pediu ajuda a sua amiga de longa data Danielle para desenvolver e comercializar um produto de canabidiol – e foi assim que a Sugar e Kush nasceu.
“Minha formação sempre foi em remédios naturais e cura, o que contribuiu muito para a criação de produtos e no controle de qualidade”, explica Laura. “Já Danielle está na área de operações e vendas corporativas, liderando a direção e gestão de nossos negócios.”
Apesar do burburinho atual em torno do CBD, o composto não tinha a mesma popularidade em 2018 – especialmente para o mercado feminino -, quando a empresa começou. “A meta sempre foi atingir as mulheres, e queríamos especificamente criar uma marca de canabidiol divertida e identificável para elas”, diz Danielle.
Elas logo aprenderam que o mercado era amplamente dominado por homens – tanto por consumidores quanto por empresários. Além disso, a maioria do público agrupou o CBD na categoria THC, acreditando que ele também tinha propriedades psicoativas. Por causa disso, as consumidoras tendem a se afastar de qualquer compra com o composto.
“Quando observamos a indústria, vimos apenas marcas que eram inacessíveis, ou marcadas como medicinais”, lembra Danielle. “Isso estava muito longe da empresa que estávamos construindo, que era tudo sobre acessibilidade, feminilidade e diversão.”
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“Nós duas tivemos que educar as consumidoras sobre os muitos benefícios dos produtos CBD – incluindo sua diferença em relação ao THC – e também criar um novo nicho da indústria para elas”, acrescenta Laura.
Como muitos empreendedores sabem, branding é tudo: é como uma empresa se relaciona e se conecta com seu mercado-alvo. O segredo das empreendedoras da Sugar and Kush para construir sua marca resumia-se a uma coisa: visão. “Você tem que deixar sua visão transparecer em sua marca”, explicou Danielle. “Compartilhamos uma visão tão atraente da diversão e da feminilidade que uma marca de CBD poderia oferecer, então trouxemos isso para cada etapa do processo: das cores rosa brilhante, amarelo e azul, ao logotipo do cupcake com o canudo.”
A identidade visual dos produtos da Sugar e Kush tentam aproximar o CDB do público feminino
No entanto, não se trata apenas dos apelos visuais. “Sua marca deve ser uma representação direta de quem você é”, afirma Laura. “É por isso que é tão importante permanecer fiel a si mesmo. As pessoas compram de pessoas, não de marcas que as imitam.”
As fundadoras uniram seu amor de cores brilhantes e referências de doces com a premissa básica inicial de ajudar através de seu extenso processo de pesquisa e desenvolvimento. “Nunca gostei do sabor dos produtos de CBD, por isso estava convencido de que eles precisavam de algo doce”, admitiu Daniele. “Mas, como a formação de Laura é em remédios naturais e ela é muito anti-açúcar, ela se recusou a ir contra seus valores. Nós nos comprometemos a gastar tempo em um processo P&D que criamos um produto cetogênico com baixo teor de açúcar e um ótimo sabor.”
Focar em ingredientes naturais e compartilhar a história por trás da marca são duas das muitas maneiras pelas quais a dupla de empresárias construiu (e continua a construir) confiança em seu mercado-alvo. Elas também procuraram educar – e é o que seguem fazendo. “Achamos que o atendimento ao cliente é fundamental em uma empresa onde o cliente terá dúvidas”, observou Laura. “Vemos isso como a peça final do quebra-cabeça de um projeto sólido, então garantimos um forte sistema de suporte para os clientes e aplicamos seus feedbacks em nosso processo de pesquisa e desenvolvimento.”
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Desde que começaram, elas já expandiram para além das gotas de óleo, gomas e biscoitos que a Sugar e Kush inicialmente ofereciam – e agora também têm cuidados para o corpo, com produtos como bombas de banho, esfoliante de açúcar e manteiga corporal. É uma expansão que só marcas com bases de clientes fiéis podem realizar. “Se você sabe que está atendendo ao seu mercado-alvo e os está educando sobre como está fazendo isso, não tem como falhar”, diz Laura.
“Foi assim que também nos expandimos para uma base de clientes homens leais”, comemora Danielle. Com a estratégia e o comprometimento certos, o que originalmente era um obstáculo a ser superado em um processo de construção empresarial pode ser um ativo poderoso para a jornada de sua empresa.
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