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Meta bota bloco na rua | Notícias – Baguete

Em meio ao debate da regulamentação, gigante aposta em publicidade no Brasil.Tasha & Tracie são as estrelas do comercial

Meta bota bloco na rua | Notícias – Baguete

Em meio ao debate da regulamentação, gigante aposta em publicidade no Brasil.
Tasha & Tracie são as estrelas do comercial da Meta. Foto: Divulgação.
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A Meta, dona das redes sociais WhatsApp, Instagram e Facebook, decidiu apostar em uma campanha publicitária sem precedentes no Brasil, em meio ao debate em curso no Congresso sobre a regulamentação das grandes empresas de tecnologia.
Criada pela AlmapBBDO, uma das maiores agências de publicidade do país, a campanha é a primeira da Meta com anúncios na televisão aberta.
Os spots mostram as redes sociais como um instrumento de ascensão social, por meio de histórias como a das estrelas do rap Tasha & Tracie, que começaram vendendo roupa no marketplace do Facebook e tornaram-se conhecidas através do Instagram.
Estarão presentes também nomes como Vovóloca da Coxinha, de 91 anos, que viralizou entre os usuários dos apps fazendo coxinhas, e Vitor diCastro, creator e ator  que conheceu seu marido dentro de um grupo de Facebook.
Inicialmente, a campanha será veiculada no cinema, TV aberta e por assinatura e plataformas de streaming. Completam o plano de comunicação a divulgação em redes sociais e mídia programática, bem como o patrocínio no Video Music Awards 2023 (VMA), da Viacom/MTV.
Desdobramentos envolvem a amplificação da campanha junto a influenciadores digitais e campanhas específicas para criadores de conteúdo e empresas.
Como costuma acontecer nesse tipo de situação, as intenções reais da Meta devem ser analisadas não tanto no conteúdo da publicidade institucional, mas no contexto social e político no qual a companhia está inserida.
E esse contexto são os planos do governo federal de aumentar a regulamentação das redes sociais, responsabilizando empresas pelo controle do conteúdo.
Uma minuta foi enviada no final de março ao deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), relator na Câmara de um projeto que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, também conhecido como PL das Fake News.
Grandes empresas de tecnologia (as chamadas big techs) como Meta, Google, Twitter e Telegram acusam o PL de ser antidemocrático, ameaçar a liberdade de expressão e responsabilizar demais as empresas de uma forma que pode levar a uma “enxurrada de processos judiciais”.
No início do debate, as big techs se mobilizaram mais explicitamente contra a regulamentação. O Google, por exemplo, colocou um link se posicionando contra o PL na página principal do buscador.
A Meta agora parece estar tentando uma abordagem mais sutil, ganhando apoio na população em geral como uma forma de se cacifar politicamente.
Editor at Baguete Diário
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