Novo vírus de celular pode desviar dinheiro via Pix e limpar contas bancárias – Globo
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O Pix é o sistema de pagamentos e transferências bancárias. Foto: Divulgação
POR MARCELLA LOUREZENTTO (marcella.lourezentto@cbn.com.br)
Será que é possível usar um vírus para invadir celulares e roubar contas de banco?
"É possível, porque da mesma forma que a tecnologia avança os hackers acompanham isso e conseguem aplicar golpes mais avançados".
Esse é o Vasco Novak, que não duvida do poder da tecnologia, para o bem ou para o mal. Já o amigo dele, Ian Ruffo, acredita que a narrativa de hackers invadindo celulares está mais para roteiro de ficção:
"Acho que não. Já vi golpe do PIX, mas acho que não dá para colocar vírus através da ligação, por exemplo", conta.
Especialistas em segurança digital dizem que acessar o celular apenas por meio de uma ligação não é impossível, mas, hoje, é pouco provável. Fica mais para roteiro de filme de espião, mesmo…
Agora, acessar o aparelho de forma remota para aplicar golpes não só é possível como acontece diariamente. Você já deve ter ouvido falar no ‘Golpe do Pix’.
Uma nova modalidade, identificada em dezembro do ano passado pela Kaspersky, já fez o antivírus da empresa de cibersegurança bloquear mais de 1.500 ataques aos clientes entre janeiro e julho.
Trata-se de um vírus de celular capaz de desviar dinheiro via Pix.
Mas, ao contrário do ‘golpe da mão fantasma’, em que os bandidos têm acesso remoto ao celular, mas precisam que a vítima esteja mexendo no aplicativo do banco para poder fazer a fraude, a nova ameaça veio atualizada, como explica o analista de segurança da informação Fábio Marenghi.
"O criminoso pode estar na praia, enquanto o vírus no dispositivo da vítima faz toda transação sozinha. Isso sem necessidade da interação do criminoso. Geralmente é um e-mail malicioso em que se recebe um link, clica e baixa um aplicativo. Se instala o app, ainda precisa de um segundo passo: convencer a vítima a dar permissão de acessibilidade", afirma.
Essa permissão, que o Fábio falou, permite que o aplicativo interaja com o app do banco, podendo até limpar a conta inteira. O primeiro passo para se prevenir do golpe é não clicar, nunca, em links suspeitos.
O analista de segurança da informação, Fábio Marenghi, também orienta a proteger o aparelho de outras formas
"Nossa recomendação e nunca instalar aplicativos que não estejam nas lojas oficiais. A outra é não dar permissão de acessibilidade em qualquer aplicativo. E ainda instalar antivírus no smartphone", conclui.
Os bancos se propõem a impedir que os clientes caiam em fraudes como essa.
As grandes instituições financeiras alertam que não enviam nenhum tipo de link para os clientes fora do aplicativo. Procurado, o Banco Central disse que não trata desse tema.
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