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Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou ainda ontem o Meta Verified, um serviço por assinatura para o Facebook e o Instagram que garante a negócios e criadores de conteúdo o selo azul de verificação em ambas as redes sociais da empresa.
O lançamento do serviço não à toa sucede o recém relançamento do Twitter Blue, o serviço de assinatura do Twitter que garante benefícios extras aos usuários da rede, sendo um deles o tão desejado selo de verificação.
Apesar da proximidade dos lançamentos de ambas as empresas, o serviço da Meta parece propor benefícios mais úteis aos assinantes, principalmente a marcas, negócios e criadores de conteúdos, a quem qualquer reforço de credibilidade é muito bem-vindo. A assinatura do Meta Verified garante:
O Meta Verified será disponibilizado esta semana na Austrália e na Nova Zelândia, com a promessa de expansão para mais países em breve. Sem preços divulgados oficialmente para o Brasil e Portugal, o custo da assinatura mensal varia entre aparelhos, custando US$12 mensais pela web ou US$15 mensais via App Store, no iOS.
Segundo a Meta, com o tempo o grupo deverá aprender e desenvolver ainda mais o sistema de elegibilidade para as assinaturas. Por isso, as contas devem ser registradas como com pelo menos 18 anos de idade, ter atividade recorrente como publicações compartilhadas e ainda apresentar documentos nacionais de identidade oficiais de acordo com o país de origem da conta. A empresa também ressalta as contas que já conquistaram o selo de verificação até a disponibilização do serviço continuarão verificadas, de acordo com os requisitos prévios ao Meta Verified.
Para muitas empresas, o serviço de assinaturas da Meta será essencial por causa de duas soluções em especial: o selo de verificação da Página do Facebook e Perfil do Instagram, e o suporte humano aos assinantes, o que pode parecer algo óbvio, mas não deveria. Por anos, o Facebook e o Instagram sofrem internacionalmente com um sistema de suporte burocrático, inútil em quase sua totalidade e, em muitos casos, extremamente desrespeitoso.
Reclamações publicadas no ReclameAQUI atestam a falta de atenção do suporte da Meta para o Facebook e o Instagram no Brasil. Somando ambas as marcas, são mais de 58 mil páginas(!) de reclamações sobre casos de roubo de contas, derrubadas repentinas de perfis e solicitações de verificação que, por incompetência do processo automatizado, jamais puderam ser concluídas; entre outros inumeráveis problemas.
No entanto, deve-se atestar que esse não é um problema resumido às plataformas da Meta; até hoje, os atendimentos humanos de todos os principais canais de mídia são unicamente orientados a empresas anunciantes de suas plataformas — isso se dá por causa da impossibilidade de se disponibilizar atendimento humano à mesma proporção de usuários dessas plataformas em cada região do mundo.
Ainda assim, o suporte da Meta a seus anunciantes consegue ficar ainda pior quando comparado ao do Google, que disponibiliza um canal telefônico de fácil acesso para suporte do Google Ads e outros produtos da Alphabet para anunciantes. A Meta, por outro lado, disponibiliza aos anunciantes um canal de suporte via email ou chat em tempo real, exibido a partir de uma análise do seu perfil pessoal do Facebook pelo seu histórico de investimentos em anúncios.
Os casos de usuários da Meta que não conseguem ter seus perfis verificados mesmo obedecendo a todos os critérios de elegibilidade são muito comuns, tanto quanto os casos de reclamações sobre o mal funcionamento da Business Suite e do Gerenciador de Anúncios da Meta, ferramentas de publicidade do grupo, que comumente bloqueiam contas e usuários, tiram campanhas do ar e punem anunciantes erroneamente com erros abstratos e sem qualquer guia de solução — ou suporte técnico. Há, inclusive, inúmeros registros de usuários que submeteram atendimentos formalmente por email e jamais foram respondidos.
É interessante, apesar de desagradável, ver que a solução da Meta para problemas que até então ela não tinha qualquer capacidade de resolver será agora possibilitada (e custeada) pelos assinantes do Meta Verified, que terão, pela primeira vez desde o lançamento das atividades de anúncio em plataformas da Meta (2007), alguma garantia de atendimento humano — um clássico episódio do campo de distorção da realidade das Big Techs que, com o tempo, será esquecido à medida em que nos acostumarmos a pagar ainda mais pelo mínimo.
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Alan Ribeiro Leitão, Artur Duran, Carlos Eduardo Valsesia, Cristiano Melo Gamba, Daniel de Paola, Derson Lopes, Enio de Almeida Feitosa, Fábio Gonçalves, Fernando Brum de Alcantara, Fernando FEG, Francisco Marchetti, Henrique Autran, Henrique Félix, Ismael Fegadoli Junior, Lucas Gharib, Luciano Flehr, Marcos Ferreira, Pedro M. Colbachini, Rafael Dórcelles, Rafael Mantovani, Romário Henrique, Sergio Bergamini, Thiago Demiciano, Ulisses Aguiar Rocha e Wendell Belarmino Pereira

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