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Fides Rio 2023 termina com Krugman e debates da transformação digital às mudanças climáticas – InfoMoney

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Fides Rio 2023 termina com Krugman e debates da transformação digital às mudanças climáticas – InfoMoney

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Maior evento de seguros da América Latina aconteceu no Rio, entre os dias 24 e 26 de setembro
A Fides 2023 debateu o impacto das mudanças climáticas sobre o setor de seguros e toda atenção que as empresas estão dando ao tema ESG. Convidado especial de encerramento, o Nobel de Economia, Paul Krugman, trouxe sua visão sobre os eventos climáticos e economia global, junto com Luis Alberto Moreno, ex-presidente do BID
Gargalos do setor, que elevam os custos do seguro, foram destaque, assim como a segurança digital das operações. Companhias trouxeram suas visões sobre grandes riscos no Brasil e crescimento de “baixa qualidade” do mercado de resseguro.
O alinhamento entre projetos de interesse do setor em Brasília também foi foco dos debates, que contou na véspera com a presença do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, além do futuro presidente do STF, Luís Roberto Barroso. A Fides trouxe ainda Tony Blair, ex-primeiro ministro britânico.
Por fim, as discussões foram amplas e podem ser conferidas na cobertura completa do InfoMoney. A próxima Fides, agora, será em 2025. Até lá! 
Proteção impõe investimentos e novas responsabilidades às empresas, por causa do aumento do risco de ataques e vazamentos de dados.
Cerca de 50% das perdas não são seguradas e esse gap de proteção pode chegar a 80% em países menos desenvolvidos.
Na avaliação de Dyogo Oliveira, é preciso organização global na transição climática.

O setor de seguros representa apenas 3% do PIB (Produto Interno Bruto) da América Latina e ampliar essa participação é o grande desafio das seguradoras. Entenda na reportagem do InfoMoney.
Diretor de seguros patrimoniais da Tokio Marine, Sidney Cezarino comparou, durante a Fides, os riscos envolvidos no negócio de energia solar, citando o caso da China, que entregou dez vezes mais energia solar que o Brasil. Para ele, o agente de seguro precisa estar antenado porque tem muito risco envolvido em um parque solar e saber como mitigá-los. Nesse sentido, explicou, é importante que o setor segurador pense em uma apólice única, com parcelamento de ajuste no pagamento do prêmio. E, principalmente, trabalhar para reduzir o gap de cobertura. “Da engenharia para o operacional tem uma zona cinzenta, que não se sabe se é engenharia ou operacional. Assim, o seguro integrado em uma mesma apólice desde de engenharia até operacional pode ser um produto sustentável que atende à necessidade do segurado”, disse. (Gilmara Santos)
Profissionais, primeiro, oferecem a experiência e depois conquistam o cliente, afirma Sebastián Del Brutto. Confira todos os detalhes na cobertura especial do InfoMoney na Fides.
O anúncio foi feito por Denis Morais, presidente da FenaCap (Federação Nacional de Capitalização) durante a Fides. “Produtos como o filantropia premiável e o garantia, por exemplo, são totalmente aderentes a diversos mercados. Nosso objetivo é apresentar as possibilidades, unir pontas e potencializar ainda mais o mercado de capitalização”, disse. (Gilmara Santos)
A bolsa brasileira (B3SA3) atua no mercado de saúde com soluções de combate a abusos e fraudes, com foco na melhoria da eficiência operacional das operadoras de saúde, com objetivo e de ajudar na redução dos valores de reajustes dos planos de saúde, diz Felipe Grecco, superintendente de relacionamento com clientes da B3. Em janeiro, a B3, uma das certificadoras aprovadas pela Susep no processo SRO, comemorou a marca de bilhão de registros de operações de seguros. Ao todo, foram registradas mais de 200 milhões de apólices de seguro na B3, que conta com cerca de 85% de market share do setor. (Denise Bueno)

O mercado de seguros tem sido importante para a estratégia da B3 (B3SA3) de buscar novas oportunidades, para além de seu negócio principal, que é o mercado de ações. Tanto que a bolsa brasileira patrocinou a Fides para estreitar relacionamento com os executivos presentes “Nosso ecossistema de dados e Analytics têm apoiado o setor a tomar melhores decisões de risco e precificação. Estamos nos consolidando como infraestruturas do mercado securitário e, em conjunto as empresas do grupo, disponibilizamos as soluções em dados, plataformas de decisão e Analytics”, contou Felipe Grecco, superintendente de relacionamento com clientes da B3. (Denise Bueno)
A avaliação foi feita por Carla Abrunhosa, sócia e head de marketing da Gallagher Brasil, durante a Fides. “Olhar as letras pequenas da apólice deveria ser a regra”, disse. (Gilmara Santos)
A Allianz vai voltar a ofertar seguro para grandes riscos no Brasil. O anúncio foi feito nesta terça-feira (26) por Eduard Folch, CEO da companhia, durante a 38ª Fides. Confira todos os detalhes na reportagem do InfoMoney.
Comparação do momento atual com a Guerra Fria “é atraente”, porém, são “confrontos muito diferentes”, diz executivo.
Situação chinesa é mais grave do que a que viveu o Japão, com quem o país costuma ser comparado.

A afirmação foi feita pelo CEO da Caixa Seguridade (CXSE3), Felipe Montenegro Mattos, durante a Fides, evento apoiado pelo InfoMoney. De acordo com ele, a companhia vai criar soluções específicas para o Estado, que foi recentemente atingido por um ciclone extratropical, que causou a morte de 49 mortes e deixou mais de 20 mil pessoas desabrigadas. (Gilmara Santos)
“As pesquisas indicam que as organizações ainda não dedicaram tempo e dinheiro suficiente para proteger seus dados e os de seus clientes. Isso abriu um campo para as seguradoras”, disse, em painel da Fides, Shauhin Talesh, pesquisador da Universidade da Califórnia. Para ele, as companhias de seguros têm potencial para atuar como reguladores, mas ainda não estão fazendo isso.
“Elas precisam fazer avaliações regulares de risco do que estão protegendo, porque as ameaças estão evoluindo constantemente. Deveriam também remunerar boas práticas de segurança. Por fim, deveriam solicitar aos potenciais segurados mudanças prévias à concessão do seguro para torná-los menos vulneráveis, tornando o risco menor.” (Marco Aurélio Canônico)
“Não é só apenas sobre mudança climática. Tem a ver também sobre onde as pessoas moram e como constrõem suas casas”, destacou Kaspar Mueller, presidente para América Latina da Swiss Re. (Gilmara Santos)
Durante a Fides, Gerald Glombicki, diretor sênior da Fitch Rating, disse que qualquer coisa (dispositivo) conectada à internet pode ser invadida e citou as três motivações principais para os cyberataques: ganhar dinheiro, credibilidade como hacker e criar o caos. Ele acrescentou que a maioria dos ataques é de oportunidade. “Os humanos são a causa de 85% dos cyberataques. Há uma piada que diz que seria fácil lidar com eles se não houvesse empregados.” (Marco Aurélio Canônico)

Para Maria Netto, diretora executiva da ICS, no Brasil, acontecem poucos eventos climáticos extremos. Entretanto, o seguro tem papel importante no valor desses ativos principalmente nestas zonas. “Com eventos extremos, chega a uma situação de necessidade de diálogo público e privado para parametrizar os riscos. É uma área que a gente precisa desenvolver muito.” (Gilmara Santos)
Em painel sobre “Segurança cibernética” na Fides 2023, Ricardo Villas Boas Cueva lembrou que o Superior Tribunal de Justiça foi vítima de um ataque cibernético violento há poucos meses causado por um erro humano, de um funcionário que acessou o sistema a partir de casa, indevidamente. “Uma das questões mais importantes hoje é o desenvolvimento de instrumentos de gestão de risco. A tentativa de violação da segurança da informação inevitavelmente ocorrerá, a tarefa que o legislador impõe aos operadores é minimizar os riscos com boas práticas, medidas de organização e sistemas auditáveis. Medidas proativas devem ser a tônica, em vez de simplesmente reativas.” (Marco Aurélio Canônico)
“Se você é uma ilha pequeninha e está exposto a catástrofes naturais, você não quer ter painéis solares instalados. Por isso, tem que ter bom senso. E aí vamos falar que não podemos apoiar uma unidade movida a carvão? Temos que usar bom senso e saber quando há exceções”, comparou Deborah Duss, chefe global de energia sustentável da Howden. (Gilmara Santos)
O CEO da Prudential, David Legher, destacou, durante palestra na Fides, que, quando as empresas falam em ASG (Ambiental, Social e Governança), elas têm esforço maior no ‘A’, de ambiental, mas social e governança ainda não estão tão fortes dentro das empresas. Para ele, é preciso balancear o social e governança com o ambiental. “Um exemplo é o seguro de vida, que garante a proteção das famílias e os legados. Hoje 85% das famílias não têm seguro de vida no Brasil”, disse, pontuando uma recente pesquisa da FGV mostrando que 90% das pessoas que têm seguro de vida se sentem “altamente tranquilas”, enquanto entre as que não têm, 60% têm “baixa tranquilidade”. (Gilmara Santos)
“Com a questão da transição energética e novas tecnologias é fundamental que as seguradoras participem da mesa de negociações, dos contratos, porque são capazes de mapear riscos”, afirmou Deborah Duss, chefe global de energia sustentável da Howden. (Gilmara Santos)

Durante painel sobre segurança cibernética, o presidente do conselho da Junto Seguros citou o aumento de cyberataques. “Enquanto esse painel acontece, muitas empresas estão sofrendo ataques, e não apenas as grandes. Cada líder de negócios precisa conhecer a sua arquitetura de dados. Se alguém aqui acha que sua empresa nunca sofreu um cyberataque, o mais provável é que você não saiba – não que ele não tenha acontecido.” (Marco Aurélio Canônico)
Segundo Barbara Buchner, da Climate Policy Initiative, os desastres climáticos estão mais frequentes e intensos, além de cada vez menos previsíveis, gerando prejuízos econômicos que podem chegar a cerca de US$ 500 milhões, ou seja 5% do PIB global. “Apenas 5% das finanças globais são investidos em proteção. Cerca de 50% das perdas não são seguradas e esse gap de proteção pode chegar a 80% em países menos desenvolvidos”, disse, durante a Fides. (Gilmara Santos)
No final de sua palestra na Fides, Luís Alberto Moreno destacou os desafios que podem afetar o setor de seguros na América Latina. Entre eles, está o fato de pararmos de falar de crescimento. “Não vamos combater as desigualdades sem ele. Esse é um tema central para a sociedade. Por isso elogiei o trabalho em prol da unidade feito pelo governo Lula, para reformas, como a tributária. Esse tipo de reforma toma muito tempo e demanda consensos”, concluiu, ao finalizar sua participação na Fides. (Marco Aurélio Canônico)
O ex-presidente do BID Luis Alberto Moreno destacou em fala na Fides que o mundo se depara, cada vez mais, com debates sobre as mudanças climáticas e digitais. Em especial, ele cita a inteligência artificial, que é um tema enorme, com consequências que vão além apenas da produtividade. “Pensávamos no tema antes como uma questão de acesso às tecnologias e à rede. Com a inteligência artificial, é preciso saber perguntar.” (Marco Aurélio Canônico)
Presença de políticos na Fides estreita relações no momento em que são discutidos temas importantes para as seguradoras, como PL 29/2017.
O ex-presidente do BID aproveitou o momento para elogiar o presidente Lula por “buscar acordo entre contrários para as reformas necessárias” e criticou as ideias populistas e antidemocráticas, que ganharam espaço na região nos últimos anos. (Marco Aurélio Canônico)
“Isso tudo o que está acontecendo a milhares de quilômetros daqui serve de exemplo: não podemos perder o trem da revolução digital”, disse Luís Alberto Moreno, ex-presidente do BID. Conforme ele, há razões para ser otimista em relação à América Latina: “Um dos segredos mais bem guardados dessa parte do mundo é a criação de soluções para os problemas cotidianos dos cidadãos. O que o Brasil fez com o Pix é um exemplo, imitado em diversos países. Essa habilidade de criar soluções engenhosas comprova um de nossos grandes ativos: a criatividade.” (Marco Aurélio Canônico)
“A guerra da Ucrânia deve se prolongar e se expandir: quem previa apenas dois exércitos se enfrentando na Europa já se deu conta do erro. Mas há dinâmicas que mostram o surgimento de outras potências. Entre elas, nenhuma terá tanta visibilidade quanto a Índia. É o país mais populoso da Terra e tem mantido um ritmo de crescimento sustentado que deve se manter nos próximos anos, incluindo os investimentos em energia. A América Latina precisa de um curso acelerado para entender o que logo será a terceira maior economia do mundo.” (Marco Aurélio Canônico)
“O pico da demanda de petróleo chegará antes do fim dessa década. Como tem sido constante nas últimas décadas, a demanda de quilowatts seguirá crescendo. Serão necessários milhões e milhões de dólares em investimentos. Eventualmente aparecerão maneiras de gerar energia mais sustentáveis, mas precisamos cruzar os dedos para que sejam economicamente viáveis.” (Marco Aurélio Canônico)
“O setor de seguros é fundamental em nossos países. Para ter sucesso neste negócio é preciso entender as probabilidades de que algo aconteça ou não. Um bom manejo dos riscos implica entender as mudanças políticas e econômicas”, disse Moreno, ex-presidente do BID. (Marco Aurélio Canônico)
“Sempre mantenho o otimismo de que conseguiremos encontrar um caminho para avançar com mais velocidade do que agora. Isso não me impede de reconhecer as sombras. Uma das muitas lições é que nenhum evento deve ser desconsiderado. Temos a obrigação de estarmos alertas e contar com a capacidade de ação contra os imprevistos”, disse. (Marco Aurélio Canônico)
Nobel de Economia diz ser difícil prever quando os juros voltarão a cair poque há muitas dúvidas sobre a defasagem da política monetária.
Concentração do mercado se ampliou, com os cinco maiores resseguradores superando a fatia de 60%; grupos verticalizados cresceram mais.
PL do executivo sobre assunto só aguarda aval de Lula para ser enviado ao Congresso.
Situação faz com que Bancos Centrais tenham receio de reduzir taxas, analisa Nobel de Economia.
O DPVAT deve mesmo ficar com a Caixa que, desde 2021, administra os recursos arrecadados com este seguro, incluindo análise dos pedidos e pagamento das indenizações. Fontes dos setores público e privado ouvidas pelo InfoMoney contaram que falta apenas o aval do presidente Lula para que seja enviado ao Congresso um projeto de lei do executivo para tratar das condicionantes do seguro.
Conforme apurou o InfoMoney, há dois pontos de atenção em jogo: um deles é que a Caixa não é uma seguradora. Ela até tem um braço segurador, porém, para que pudesse administrar os recursos do DPVAT, seria necessário fazer uma licitação, já que a companhia não é totalmente pública.
Além disso, não se sabe ainda como será feita a arrecadação de novos recursos para o fundo. Estima-se que os recursos atuais do fundo, arrecadados anteriormente à gestão da Caixa, se encerrem entre abril e maio do ano que vem. “Depois disso, será preciso usar dinheiro público”, pontuou uma fonte. (Jamile Niero)
“Crescimento e PIB não devem ser os únicos objetivos das políticas. É preciso que as pessoas tenham uma vida decente”, disse, acrescentando: “Eu não diria que essas políticas estão claramente erradas. Não conheço os detalhes, mas acho que não é algo terrível o que está acontecendo no Brasil”. (Lucinda Pinto)
“Não sou contra essas políticas, em princípio. Olhando as políticas brasileiras, principalmente a de distribuição de renda, acho que isso deve ser feito”, disse. (Lucinda Pinto)
Para Krugman, “aquele crescimento heroico da China chegou ao fim”. Segundo ele, como a China é um grande comprador de matérias-primas, essa desaceleração econômica, se torna um “problema” para grandes exportadores dessas commodities, como o Brasil. “Mas o Brasil não é somente isso”, ponderou, acrescentando ainda que outros grandes países, como a Índia, não estão em processo de desaceleração. (Lucinda Pinto)
“Mas o governo ficou cobrindo o sol com a peneira, com esse setor de construção inchado. Fez com que a bolha do mercado imobiliário ocidental parecer uma bobagem. Agora, eles precisam incentivar o consumo, tem que mudar”, disse Krugman, na Fides. “A China parece não estar lidando com seus problemas tão bem como aconteceu com o Japão, onde também havia altas taxas de poupança.” (Lucinda Pinto)
“Nos EUA, muitas vezes os juros reais chegaram a zero, enquanto o Brasil sempre esteve do lado oposto. É um mistério. Mas mesmo nos EUA e na Europa, esses juros altos são uma preocupação maior do que eram antes pensando na sustentabilidade da dívida. É cedo para entrarmos em pânico porque ainda não sabemos. Mas se os juros ficarem altos por muito mais tempo, então vamos precisar pensar nisso.” (Lucinda Pinto)
Segundo ele, mais de 40% do PIB da China precisa ser investido, apenas para se manter o pleno emprego. “A China conseguiu fazer isso por algum tempo, graças ao desenvolvimento tecnológico, acompanhando o Ocidente, e a migração das pessoas das áreas rurais para as urbanas. Mas hoje isso não é mais possível.” (Lucinda Pinto)
“Há grandes gastos com construção civil e isso dobrou nos últimos meses. Estamos falando de trilhões de dólares de investimento verde nos EUA e, em menor escala, na Europa. Isso pode ser razão para que os Bancos Centrais mantenham os juros altos por mais tempo”, disse. (Lucinda Pinto)
“É difícil prever quando os juros voltarão a cair porque há muitas dúvidas sobre a defasagem da política monetária. Minha aposta é que em 2025 nós teremos que dizer que não houve mudanças fundamentais que levem a um ambiente de juros baixos, como tivemos em 2019. O mercado está apostando que ficaremos com juros altos por mais tempo”, disse. (Lucinda Pinto)
“Não estamos vendo a mesma contração monetária necessária para controlar a inflação na década de 70, que gerou efeitos catastróficos em outros países, inclusive no Brasil. A gente costumava dizer que, quando os EUA espirram, a América Latina pega um resfriado. Mas não estamos vendo isso desta vez. Isso se deve à redução da dívida externa”, disse Krugman, na Fides. (Lucinda Pinto)
“Eu me preocupo com os investimentos. No mundo inteiro, as políticas monetárias rigorosas inibiram o investimento. No caso do Brasil, podemos traçar paralelos com os EUA, onde poderíamos ter tido juros mais baixos se tivéssemos políticas fiscais mais rigorosas. Não é difícil ver que a alta de impostos e cortes de gastos públicos poderiam amenizar o trabalho da política monetária. Mas isso não é realista”, afirmou. (Lucinda Pinto)
“O Brasil não parece tão diferente desses outros países. Eu não acho que nenhum dos bancos centrais tiveram muitas alternativas diante da alta da inflação. Parecia que não era o resultado do aquecimento da economia. Mas, mesmo assim, se as economias não sofreram uma recessão com as taxas elevadas, isso parece sugerir que essa alta dos juros básicos era necessária”, disse. (Lucinda Pinto)
“O efeito desses juros ainda não se apresentou por completo, e os mercados estão interpretando que teremos queda das taxas antes do que imaginaríamos. Eu, pessoalmente, estou confuso. Não sei em que acreditar. Parece que os fatores subjacentes que mantiveram taxas baixas no passado ainda estão presentes.” (Lucinda Pinto)
“Tudo o que vemos agora é só a ponta do iceberg. Não se trata de um problema hipotético, é algo concreto”, disse Krugman, na Fides. “A boa notícia é que a tecnologia pode nos ajudar a evitar esses desastres. Mas será que vamos conseguir fazer isso a tempo?”, questionou. (Lucinda Pinto)
“Quem tem títulos em carteira observa que o valor desses papéis está caindo. Tem também a questão dos governos que passam a ter problemas com seus orçamentos. Se houver grandes dificuldades financeiras por causa de juros elevados, então pode haver um problema econômico, que levaria à queda das taxas – e não por causa da inflação.” (Lucinda Pinto)
“Sempre houve o receio de que eles (BCs) subissem demais as taxas, e causassem uma recessão. Mas isso, até agora nos Estados Unidos, não ocorreu. A economia foi extremamente resistente. É bom saber que conseguimos evitar o lado negativo do que aconteceu”, disse. (Lucinda Pinto)
“Então, talvez tenhamos que viver com juros altos por mais tempo. Está cada vez mais difícil pensar em queda das taxas. E as taxas de longo prazo sobem, refletindo essa expectativa”, completou Krugman. (Lucinda Pinto)
 
“Isso aconteceu sem aumentar o desemprego (nos EUA). Na Europa, a inflação subjacente já foi de 6%, chegou a 4% e, agora, está em queda. Tivemos uma vitória sobre a inflação com baixo custo”, disse ele. “Com a normalização, a inflação está caindo com ‘pouca dor’, ‘pouco sofrimento’. É quase que surreal a forma como conseguimos baixar a inflação sem impacto econômico tão grave”, acrescentou. (Lucinda Pinto)
“Em 2022, tivemos, principalmente nos Estados Unidos, um declínio rápido da inflação, sem qualquer custo óbvio em termos de redução da produção e do emprego. Tivemos uma desinflação imaculada, deflação sem pagar custos; sem qualquer sinal de que a economia real seria afetada”, disse. (Lucinda Pinto)
O vice-presidente financeiro do IRB (Re) (IRBR3), Rodrigo Botti, disse que, enquanto o mercado de resseguros cresceu 12%, o gap de resseguro, ou seja, os prêmios que não são segurados, subiram 20%. Além disso, é maior que a média da América Latina, acrescentou. Para ele, é necessário diminuir o gap e aumentar o total de ativos das seguradoras para que o setor possa contribuir com o crescimento econômico. (Renata Batista)
“Estamos vendo uma mudança na economia. A inflação era a principal preocupação até o começo do ano e estamos agora em um momento em que a economia está indo melhor do que as visões mais otimista. Mas a estabilidade financeira virou um ponto de interrogação. Isso preocupa”, disse Paulo Krugman, na Fides 2023, maior evento do setor de seguros da América Latina, apoiado pelo InfoMoney. (Lucinda Pinto)
De acordo o vice-presidente financeiro do IRB (Re) (IRBR3), Rodrigo Botti, o mercado aumentou a retenção de riscos, mas houve uma migração de prêmios para fora do país. Segundo ele, esse não é o movimento que se vê nos mercados mais desenvolvidos, onde há um incentivo à retenção de riscos, o que aumenta a poupança interna. A partir de dados do IRB e da Susep, Botti mostrou que o IRB perdeu participação de mercado, mas quem ganhou não foram as resseguradoras tradicionais. Conforme ele, foram os grupos seguradores verticalizados, que usam as resseguradoras para ganhar competitividade, com Mapfre e Allianz ingressando no grupo das cinco maiores e Lloyd e Swiss Re perdendo participação. (Renata Batista)
Conforme Rodrigo Botti, vice-presidente financeiro do IRB (Re) (IRBR3), as frente de atuação da empresa para alavancar o crescimento são: o mercado de agro, com a substituição do crédito subsidiado por seguro subsidiado; o desenvolvimento de produtos contra catástrofes naturais, caminho que tem sido trilhado por vizinhos, como o Uruguai; o desenvolvimento de produtos de Responsabilidade Civil para veículos, de proteção contra acidentes de trabalho, de vida, e de resseguro para planos de saúde e fundos de pensão. Além disso, destacou a necessidade de alterar as regras de investimento, com mais flexibilidade para uso de imóveis como ativos garantidores. Por fim, falou da importância da proteção de bens púbicos. “Temos mais de R$ 1 trilhão de bens públicos, estradas, hospitais, sem proteção”, disse. (Renata Batista)
Em painel no Fides, evento com apoio do InfoMoney, Rodrigo Botti, vice-presidente financeiro do IRB (Re) (IRBR3), defendeu um modelo de crescimento “mais adequado aos interesses locais”. Segundo ele, após 15 anos de mercado aberto, o setor ressegurador brasileiro precisa avançar e escolher entre o modelo americano, que aposta no crescimento colateral, associado ao do mercado segurador, e o europeu, que incentiva a presença local. (Renata Batista)
O advogado Marcelo Mansur, sócio do escritório Mattos Filho, diz que a ideia está sendo lançada, como a proposta da CNseg, que anunciou recentemente a apresentação de um substitutivo ao PL 1.410, para criar seguro social que atenda vítimas de desastres naturais no país. Para ele, este é um tipo de seguro “com penetração intensa, que precisa ter contribuição em massa para ter recursos para que certas coberturas vinculadas a property ou indenizações, inclusive funeral e morte, estejam vinculadas a declaração de calamidade pública”. Leia todos os detalhes na reportagem do InfoMoney, diretamente da Fides 2023.
O anúncio foi feito hoje durante a Fides 2023 por Eduard Folch, CEO da companhia. “A neoindustrialização abre um novo marco de oportunidades para a companhia”, destacou o executivo. A estratégia faz parte do projeto global da empresa e, conforme Folch, favorece a posição da Allianz neste momento de retomada econômica do país. (Gilmara Santos)
Rajat Sharma, CRO da eBaoTech, tem planos para ampliar presença no país fornecendo serviços a teles e fintechs. Confira a entrevista completa com o executivo, concedida durante a Fides 2023 ao InfoMoney.
Presidente da AAPAS (Asociacion Argentina de Productores Asesores de Seguros), Sebastián Del Brutto disse hoje que os corretores argentinos estão “em uma encruzilhada” por causa da mudança no relacionamento com as seguradoras. “As empresas precisam crescer constantemente, porque têm a pressão dos acionistas, e precisam que a quantidade de corretores cresça na mesma medida, e não estamos conseguindo acompanhar.” Ele afirmou, no entanto, que o crescimento na captação de clientes por meio de canais digitais é ineficaz, porque a aquisição dos produtos e a ativação de seu uso enfrentam problemas (como desinformação), que frustram os compradores. (Marco Aurélio Canônico)
Presidente da Fenacor, Armando Vergílio listou os avanços econômicos recentes que deixam o setor de seguros otimista. “O país está recuperando seu crescimento. Reformas importantes, tentadas várias vezes, estão em curso, como a tributária.” Ele ressalta ainda que todas as avaliações de crescimento do PIB estão acima de 3% neste ano, assim como o risco Brasil e a taxa de juros estão em queda. “Sabemos porque isso está acontecendo: resiliência e otimismo, acreditar que as coisas são possíveis”, justificou. Vergilio citou ainda que muitas sociedades seguradoras brasileiras estão tendo lucros expressivos. (Marco Aurélio Canônico)
Em café da manhã com corretores de seguros, o presidente da Fenacor destacou a recuperação da Economia brasileira e os esforços para aprovação de reformas importantes, como a tributária, que “há muito são esperadas”. Ele lembrou ainda que a taxa de desemprego é uma das menores dos últimos 15 anos e que “isso vai movimentar a economia”. (Renata Batista)
“Vi muito buzz no ecossistema de seguros no Brasil, que me faz lembrar o cenário da Índia e da China.” A afirmação de Rajat Sharma, CRO da provedora de soluções digitais chinesa eBaoTech, em relação ao ambiente favorável à inovação tecnológica encontrada pelo executivo no país. Fundada em 2000 com a missão de “tornar os seguros mais fáceis”, a eBaoTech se vende como a líder global em tecnologia para o setor, atendendo gigantes como AIG, CHUBB, HSBC, CCIC (China), OLA e SBIG (India), entre mais de 300 seguradoras em mais de 30 países, com uma carteira de US$ 20 bilhões em prêmios brutos emitidos (GWP).
Este ambiente é simbolizado também pelos sandbox regulatórios promovidos pela Susep, nos quais as sociedades participantes podem testar produtos inovadores e novas formas de prestar serviços tradicionais sob supervisão da autarquia vinculada ao Ministério da Economia — a terceira edição do projeto foi anunciada durante a Fides 2023, no mesmo painel de que Sharma participou. (Marco Aurélio Canônico)
“Estamos vivendo um período auspicioso no setor de seguros, com muitas transformações, no Brasil e no resto da região. As transformações que as tecnologias trazem ainda estamos longe de imaginar as consequências. Mas, por mais que todas essas transformações aconteçam, a indústria de seguros nunca vai deixar de ter corretor”, declarou presidente da CNseg, Dyogo Olivira, que participa do painel Mecanismos de Distribuição de seguros no Brasil e América Latina, promovido pela Fenacor. (Renata Batista)
Com uma mensagem otimista para os corretores de seguros, o presidente da CNseg, Dyogo Olivira, disse que o setor é resiliente e que as mudanças na regulação dos últimos anos derrubaram as barreiras de entrada. “Nosso mercado é muito competitivo. Qualquer empresa pode entrar nele. A regulação brasileira foi sendo limpada ao longo dos anos e, hoje, com R$ 2 milhões você abre uma empresa”, disse Oliveira, que participa do painel Mecanismos de Distribuição de seguros no Brasil e América Latina, promovido pela Fenacor. (Renata Batista)
 
Falando na abertura do segundo dia de debates da Fides 2023, Dyogo Oliveira defendeu uma maior simplificação, por parte dos corretores de seguros, da linguagem dos profissionais do setor, para atingir mais clientes. “Temos de parar de falar ‘segurês’, nosso linguajar é incompreensível para 67% da população. As pessoas não sabem o que estão comprando. Temos de fazer o esforço de chegar a elas com linguagem simples”, explicou, durante o painel “Mecanismos de Distribuição de seguros no Brasil e América Latina”. (Marco Aurélio Canônico)
Em sua fala de abertura do painel “Mecanismos de Distribuição de seguros no Brasil e América Latina”, Dyogo Oliveira afirmou que os impactos da inteligência artificial serão imensos e imprevisíveis, mas que ela não tornará os corretores obsoletos. “Por mais que as transformações aconteçam, a indústria de seguros nunca vai deixar de ter corretor, porque ele faz a ligação humana. O cliente de seguros tem uma ligação quase cega com o corretor. As ferramentas vão auxiliar as conexões humanas”, disse. (Marco Aurélio Canônico)
Começa hoje o segundo e último dia de debates da Fides 2023, maior evento de seguros da América Latina que é realizado no Rio de Janeiro. Entre as dezenas de painéis com experts do mercado e especialistas de seguros, o destaque do dia é para a participação de Paul Krugman, Nobel de Economia (2008); e Luís Alberto Moreno, ex-presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

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O primeiro dia de debates da Fides 2023 trouxe grandes nomes, como os do ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair; do futuro presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso; e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
Executivos do setor debateram as tendências do mercado, sob aspectos como compartilhamento de dados (open insurance), transformação digital, mudanças climáticas, aperfeiçoamento regulatório e do ambiente de negócios, além de longevidade e cenários macroeconômicos.
Confira aqui a cobertura completa do InfoMoney do primeiro dia da Fides.
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