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Tecnologia é aliada para evolução do ESG – IT Forum

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Tecnologia é aliada para evolução do ESG – IT Forum

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A busca por um mundo mais sustentável e inclusivo nunca esteve tão em alta como nos últimos anos, e as empresas no Brasil têm tudo para estar na vanguarda dessa transformação. O ESG (Ambiental, Social e de Governança), contudo, ainda é bastante complexo de ser colocado em prática, com iniciativas tecnológicas embrionárias em torno do tema. Apesar do cenário, o estudo Antes da TI, a Estratégia, da IT Mídia, revela que existe forte crença em ESG: 61% dos CIOs brasileiros acreditam que a sigla trará impacto sobre a governança de TI e os investimentos feitos na área de tecnologia. E 82% indicam que o ESG tem importância alta ou muito alta para os negócios de suas companhias.
No IT Forum Salvador, que acontece nesta semana na capital baiana, Antonio Carlos Cesco, diretor de Tecnologia e Transformação Digital da BRF, e Paula Rebelo, gerente-executiva de TI e Gestão da Cocamar, participaram do painel “ESG e tecnologia, uma conexão de sucesso” e revelaram iniciativas que estão executando em suas empresas com o respaldo da TI.
Cesco, da BRF, destacou a importância da tecnologia como ferramenta para viabilizar e impulsionar iniciativas de ESG. A empresa, com sua longa e complexa cadeia de suprimentos, está focada em integrar essa cadeia e monitorar seus indicadores de forma eficaz.
A BRF está comprometida em ser Net Zero até 2040 e utiliza tecnologias como data lakes para rastrear o carbono e garantir grãos livres de desmatamento. “Na BRF, colocamos o E, de economc, na frente do ESG formando a sigla EESG. Em tecnologia, temos projetos de suporte e eficiência e o aspecto econômico permeia toda nossa cadeia. Como líderes de tecnologia, nossa missão é mostrar valor, impactando não só a empresa, mas todo o ecossistema”, diz.
Paula, da Cocamar, também enfatizou a necessidade de integrar a sustentabilidade nas operações de TI. Ela apontou que a TI, mesmo dentro das empresas, tem uma carga energética significativa, e a conscientização sobre a energia consumida é fundamental. “Além de governança e sustentabilidade, a dimensão social é um desafio importante. Em um país com problemas sociais, é essencial abordar a questão da inclusão de forma eficaz e evitar o assistencialismo”, conta ela.
A diversidade também é um tópico crucial para muitas dessas empresas. Cesco destacou a política da BRF de promoção da diversidade, especialmente em relação a negros e mulheres. Ele reconheceu o desafio de recrutar mulheres, mas destacou a importância de programas educacionais para capacitar mulheres em tecnologia.
Marcelo Santos, CIO da Nexa Resources, compartilhou os esforços da empresa na promoção da diversidade, com metas claras de liderança feminina até 2030. A Nexa está investindo em programas para fomentar a participação das mulheres em posições de liderança e está formando talentos em computação.
Fernando Rostock, gerente-executivo de TI da Yamaha Motor do Brasil, levantou uma questão importante em pergunta aos participantes do painel: como comunicar efetivamente as iniciativas de ESG para o público externo? Paula destacou ser fundamental iniciar com relatórios de sustentabilidade que não apenas descrevam o que a empresa faz, mas também mostrem suas aspirações futuras. Cesco, por sua vez, enfatizou a importância de comunicações diretas com o ecossistema, mostrando o que a empresa está fazendo no dia a dia.
ESG como consequência natural
Rodrigo Nardoni, vice-presidente de Tecnologia da B3, revelou que a B3 tem um forte papel de indução de boas práticas das companhias, já que tudo que a empresa desenha e constrói é público, contribuindo de forma ativa para que empresas ingressem na era da sustentabilidade. “Empresas que têm práticas de ESG atraem mais investimentos. É negócio no final do dia”, comenta.
Eduardo Mendes, diretor-executivo de TI da Aegea Saneamento, e Julio Cesar Gomes, diretor de TI da Iguá Saneamento, compartilharam suas experiências de integração de ESG em suas operações, enfatizando o compromisso com o respeito às leis e a importância de metas de sustentabilidade.
André Christ, head de TI da BMW Brasil, fechou a discussão destacando a importância da diversidade e da inclusão na construção de equipes de sucesso e como a diversidade de perspectivas pode enriquecer as empresas.
Na discussão, ficou claro que a tecnologia desempenha papel fundamental na transformação das empresas brasileiras em organizações mais sustentáveis e inclusivas. A diversidade, a transparência e a comunicação eficazes são aspectos-chave dessa jornada, e a cibersegurança está emergindo como uma preocupação crítica no contexto ESG. À medida que essas empresas continuam a inovar e liderar o caminho em ESG, fica claro que a tecnologia será uma aliada essencial nessa jornada rumo a um futuro mais sustentável e igualitário.
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Editora-chefe e diretora de Conteúdo do IT Forum, Déborah Oliveira é jornalista com mais de 17 anos de experiência na área de TI. Tem passagens pelas redações da Computerworld, CIO e IDG Now!. Bacharel em Jornalismo, com graduação executiva em Marketing, e MBA em Marketing. Em 2018, foi vencedora do prêmio de melhor Jornalista de TI no Brasil, do Cecom. Em 2019 e 2020, foi destaque do mesmo prêmio na categoria Telecom. É uma das autoras do livro “Da Informática à Tecnologia da Informação – Jornalistas Contam Suas Histórias”, pela editora Reality Books, lançado em 2020.

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