Da promessa à realidade: o que existe por trás da inteligência artificial – Olhar Digital
O boom recente de startups e serviços baseados em inteligência artificial (IA) não é apenas uma jogada de marketing.
O boom recente de startups e serviços baseados em inteligência artificial (IA) não é apenas uma jogada de marketing. Isso porque muitos têm aplicado essa tecnologia em diversas áreas de necessidades humanas. E as gigantes tecnológicas – por exemplo: OpenAI, Google e Anthropic – fornecem a base para essas inovações: ChatGPT, Bard e Claude.
A disseminação rápida dessas startups sugere que as IAs subjacentes estão se aproximando da maturidade, embora ainda não tenham atingido todo o seu potencial. Além disso, essas tecnologias subjacentes progridem rapidamente, indicando que o hype atual pode se tornar realidade num futuro próximo, conforme publicou o Wall Street Journal.
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Para compreender o cenário, é crucial entender o funcionamento dessas IAs. A atual geração, conhecida como IAs generativas, é baseada em modelos fundamentais – sistemas treinados com vastos conjuntos de dados em cima de informações disponíveis online. Elas produzem respostas e saídas que se assemelham às respostas humanas.
Comparando aos primórdios da revolução industrial, quando as máquinas a vapor eram primitivas em relação às atuais turbinas de alta eficiência, as IAs atuais estão num estágio inicial de desenvolvimento. A compreensão total dessas tecnologias virá com o tempo, assim como aconteceu com a termodinâmica após a invenção das máquinas a vapor.
O termo “grande modelo de linguagem” é crucial aqui. Representando uma categoria de modelos fundamentais, essas IAs generativas têm a capacidade de lidar com tarefas complexas quando fornecidas com informações suficientes.
Alguns argumentam que esses modelos são capazes de construir uma espécie de raciocínio, enquanto outros sugerem que parte do que aparenta ser raciocínio pode ser simplesmente uma memorização avançada.
A evolução das IAs generativas promete avanços significativos em suas capacidades. Isso porque a linguagem é uma ferramenta poderosa para a descrição do mundo e a construção de modelos conceituais.
Além disso, as IAs têm o potencial de personalizar suas respostas com base em dados específicos de cada usuário. Num futuro próximo, assistentes de IA altamente personalizados podem se tornar a norma.
Essas IAs também terão acesso a serviços e dados igual humanos, integrando-se a sistemas de busca e outros recursos online. Empresas já desenvolvem plug-ins para conectar esses modelos a serviços de viagem, compras e por aí vai, liberando um potencial inexplorado de IA especializada em diversas áreas.
A jornada na ciência da IA está apenas começando e à medida que a compreensão das IAs avança, novos horizontes se abrem. O futuro da IA promete transformar radicalmente diversos setores, proporcionando soluções mais precisas e personalizadas para uma variedade de necessidades humanas.
Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba e fez um pouco de tudo na sua carreira. Agora, é redator do Olhar Digital, onde exerce suas duas paixões: fuçar e explicar.