A importância da atualização permanente do uso da tecnologia nas práticas pedagógicas
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Os impactos da evolução tecnológica estão cada vez mais presentes. A forma como as pessoas se comunicam, se relacionam e interagem umas com as outras é muito diferente do que era há 30 anos. No mundo do trabalho, o cenário também não é diferente. A dinâmica da realidade atual exige dos novos profissionais competências e habilidades que idealmente são trabalhadas desde a escola, com novas formas de construção de conhecimento. O papel dos professores, nesse contexto de constante transformação, também se transforma junto.
O uso da tecnologia pode potencializar o processo pedagógico, sendo fundamental para promover estratégias de ensino-aprendizagem e para as novas profissões.
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Segundo o relatório Futuro do Trabalho, do Fórum Econômico Mundial, 65% das crianças atualmente no ensino fundamental atuarão em profissões inéditas. A preparação para esse cenário é um compromisso central dos professores, essenciais na formação de futuros profissionais. O Fórum também projeta a criação de mais de 97 milhões de empregos em setores tecnológicos, destacando a necessidade de uma formação robusta proporcionada pelos educadores.
Nesse cenário de constante evolução, os professores e professoras desempenham um papel fundamental na capacitação dos estudantes. Para que então, eles possam atender às novas demandas e enfrentar os desafios do mundo do trabalho.
Confira a homenagem realizada pela Fundação Telefônica Vivo para o Dia dos Professores!

A pesquisa O Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras, lançada por Fundação Telefônica Vivo, Itaú Educação e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação Arymaz e GOYN SP, aponta que a inserção de jovens no mercado da economia digital passa a exigir, com essa nova dinâmica, um conjunto de habilidades socioemocionais e tecnológicas que envolvem desde capacidades de liderança, resolução de problemas e negociação e passam por comunicação digital, trabalho colaborativo virtual e visão digital estratégica.
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Integrar tecnologia à educação de maneira eficaz

“Professor passa a ter papel fundamental de curadoria, de conexão com conteúdos que são relevantes e precisa ter um bom entendimento de tecnologia”, aponta Arthur Igreja, especialista em Tecnologia, Inovação e Tendências. Foto: Fernando Tiegs.

Conforme apontado por Arthur Igreja, especialista em Tecnologia, Inovação e Tendências, o papel do professor há tempos superou o de transmissor de saberes para assumir cada vez mais a função de quem media o vasto universo de informações a que estudantes têm acesso no processo de construção de conhecimento. “Antes de tudo, o próprio professor precisa estar em contato, usar as tecnologias disponíveis, assim ele conseguirá fazer essas conexões, entendendo o que é relevante e como é que ele pode incorporar isso dentro do processo de aprendizado”, ressalta.
“Ele [professor] passa a ter esse papel fundamental de curadoria, de conexão com conteúdos que são relevantes, precisa ter um bom entendimento de tecnologia. E um apoiador na construção e na customização desse aprendizado.”
Sobretudo, o desafio é integrar a tecnologia de maneira eficaz no ensino, como destaca Arthur. “Com toda evolução da inteligência artificial, as perguntas que ficam são qual o impacto disso, que ferramenta é interessante, para onde as coisas estão indo.”
Para Lucila Barros, professora e mestra em Educação pela Universidade Estadual de Londrina (PR), é possível perceber marcas importantes na transformação do papel do professor ao longo da história. Antes voltada principalmente para a instrução básica, agora a atuação dos educadores e educadoras visa promover autonomia, ética e flexibilidade nos alunos. A capacidade de se adaptar às mudanças do mundo atual também é parte deste conjunto.
“Hoje, sabemos que a educação é um processo contínuo e que não diz respeito apenas ao ambiente escolar. O professor é aquele que promoverá os meios para que os alunos possam desenvolver o seu pensamento crítico – em especial nos tempos de inteligência artificial, de fake news, de informações muito rápidas. Tudo muda em uma velocidade alta e os jovens precisam estar prontos para isso. Logo, o professor também”, afirma.

“O professor é aquele que promoverá os meios para que os alunos possam desenvolver o seu pensamento crítico – em especial nos tempos de inteligência artificial, de fake news, de informações muito rápidas”, diz Lucila Barros, mestra em Educação. Foto: Samara Garcia.

Capacitação de professores: caminhos para a constante atualização

A necessidade de capacitação dos professores para uma integração responsável do uso das tecnologias com a educação é um ponto primordial para Lucila. A afirmação se dá uma vez que eles detêm grande potencial para promover habilidades adaptativas e críticas. Dessa forma, podem permitir a ressignificação de suas carreiras perante as demandas em constante mudança da sociedade.
“Vemos algumas mudanças nos cursos de formação de professores no sentido de formá-los para que sejam capazes de utilizar as tecnologias e mesmo a inteligência artificial a seu favor e conhecer o seu funcionamento. É essencial que o professor, ao utilizar essas tecnologias em suas aulas, mantenha a intencionalidade da atividade em primeiro lugar”, destaca.
Lucila traz a perspectiva de que as Secretarias de Educação também demonstram atenção na capacitação de professores para o uso da tecnologia. A professora destaca que estar em constante atualização é fundamental. Afinal, os estudantes dessa e das próximas gerações tendem a ter cada vez mais acesso à internet e aos meios tecnológicos desde muito cedo. “Um dos deveres da educação é formar as pessoas para o mundo e acompanhar essas mudanças. O professor é mais uma profissão que se adapta ao seu tempo, ao contexto em que está inserida, para que atenda às demandas sociais de maneira coerente”, finaliza.
Ciência de Dados: itinerário de formação técnica e profissional
Com o objetivo de democratizar a formação em Ciência de Dados para os estudantes da rede pública de ensino do país, a Fundação Telefônica Vivo, em parceria com o CIEB (Centro de Inovação para Educação Brasileira), idealizou o primeiro itinerário de formação técnica e profissional em Ciência de Dados para os jovens do Ensino Médio. Este projeto inovador faz parte do Pense Grande Tech, programa que usa a tecnologia como instrumento de transformação e contribui com o desenvolvimento de competências digitais em educadores e estudantes.
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