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A inteligência artificial vai mudar o design para sempre – Fast Company Brasil

Os primeiros sistemas de machine learning com modelos de interação criativa se estabeleceram com impacto nas práticas profissionais e

A inteligência artificial vai mudar o design para sempre – Fast Company Brasil




Os primeiros sistemas de machine learning com modelos de interação criativa se estabeleceram com impacto nas práticas profissionais e também no imaginário coletivo. A escala e democratização do acesso, necessários para que ganhássemos massa crítica, já estão acontecendo. Pode perguntar para o ChatGPT, todo mundo já experimentou. 
Enquanto as ideias geradas pelos novos algoritmos vão marcando presença nas mais diversas disciplinas, o movimento vai provocando importantes discussões.
uma massa enorme de profissionais está encontrando caminhos criativos nas plataformas de inteligência artificial.
A substituição dos artistas pelas máquinas é uma das questões mais sensíveis. Ronaldo Lemos, sempre bem conectado, em um recente artigo na Folha de São Paulo, expõe muito bem o paradoxo do momento: “por um lado, isto democratiza habilidades que antes eram especializadas. Por outro lado, tem o potencial de destruir o valor da criatividade.” 
O ponto é realmente crítico. Novas tecnologias em uso criativo tendem a atropelar sem remorsos o uso de técnicas tradicionais. Já vimos acontecer algumas vezes. Mas a história não termina aí.
As novas ferramentas são poderosas, sedutoras, nos empurram para novas trilhas cheias de inspiração. Assim, uma massa enorme de profissionais está encontrando caminhos criativos nas plataformas de IA, adotando novas ferramentas em seus processos de trabalho.
Isso acontece porque a onda bate direto na nossa capacidade de criar. Em uma entrevista para a Forbes, Rob Salkowitz, que é CEO do Midjourney, um dos imaginadores mais populares, disse estar mais interessado no efeito de seu sistema para a ampliação da criatividade do que nas consequências imediatas para os negócios. “Gostamos de dizer que estamos tentando expandir os poderes imaginativos da espécie humana.”
UMA NOVA REVOLUÇÃO
De onde observo e participo do fenômeno, acredito que a democratização e escala devem ser celebradas. A entrada de milhões de novos criativos armados com ferramentas poderosíssimas nas redes, muitos até então alienados por questões de acesso e inclusão, traz consigo uma verdadeira explosão de criatividade.
É justamente esse movimento positivo que acaba rompendo o equilíbrio das forças. Enquanto ainda estamos inventando novas profissões e modelos comerciais, acabamos quebrando parte da ordem vigente.
Como profissional de design, é fácil considerar a expansão cognitiva, o crescimento da nossa capacidade imaginativa enquanto usamos os sistemas de IA. É um tiro de energia irresistível. Não vamos deixar de usá-las só por que desafiam nossa própria obsolescência.
A aliança da interação com a simulação, com o Photoshop, por exemplo, mudou completamente a maneira de pensar, criar, e fazer o design visual.
Nos bastidores, a evolução da tecnologia não para. Não tem medida para sua própria expansão e vai carregando consigo qualquer resistência. Vai quebrando barreira depois de barreira, nos oferecendo possibilidades cada vez mais poderosas.
A capacidade de computar semelhança que o machine learning opera, cria as bases para uma revolução tão definitiva quanto as que tivemos no passado com os avanços na interação ou na simulação, aponta Claudio Pinhanez, vice-diretor do Centro de Inteligência Artificial da USP.
Avanços na capacidade de interação e simulação geraram mudanças de paradigmas no design, como as interfaces gráficas, ou a computação gráfica no cinema.
“A aliança da interação com a simulação, com o Photoshop, por exemplo, mudou completamente a maneira de pensar, criar, e fazer o design visual”, segundo Pinhanez. Ele ainda compara este novo momento com a revolução da conectividade, que gerou a internet. A internet.
O mais incrível, do ponto de vista criativo é que estamos ainda nos primeiros passinhos dessa história. Com o desenvolvimento de interfaces e interações mais amigáveis e divertidas, os sistemas criativos baseados em aprendizagem de máquina vão acabar mudando o design para sempre. 
Afinal, o valor da criatividade está sendo reformulado, não destruído.
SOBRE O AUTOR
Mauro Cavalletti é Diretor Executivo de Criação para América Latina na Huge e fundador da Bitnik Estratégias Criativas, plataforma par… saiba mais

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