Cena de pedófilo na novela Travessia é real? Entenda truque virtual – Terra
No episódio exibido nesta quinta-feira (9), na novela Travessia, da Rede Globo, a personagem Karina (Danielle Olímpia) é enganada
No episódio exibido nesta quinta-feira (9), na novela Travessia, da Rede Globo, a personagem Karina (Danielle Olímpia) é enganada por um pedófilo na internet com ajuda de programas de inteligência artificial que simula voz e aparência de outra pessoa.
A cena chocou internautas, que repercutiram o truque virtual na internet. A autora da novela, Glória Perez, publicou a cena e afirmou que a partir de agora a novela passará a abordar o tema.
“Hoje #travessia começa a mostrar a ação dos pedófilos pela internet. Como se dá a chantagem e o estupro virtual. É um alerta: cuidado com quem as crianças e os adolescentes conversam. Nem tudo é o que parece ser”, disse a autora.
Uma publicação compartilhada por Gloria Perez (@gloriafperez)
A cena mostra a personagem Karina conversando via chamada de vídeo com Bruna Schuler (Giullia Buscacio), que ela acredita ser influencer de sucesso. O que impressiona na sequência é quando a verdadeira identidade por trás da câmera é revelada: quem conversa com a jovem é um homem mais velho.
Durante a conversa na web, em que se passa por uma influenciadora digital, o pedófilo pede fotos para a vítima.
“Que cena pesada e nojenta essa do pedófilo em travessia. E pensar que isso realmente acontece na vida real é muito chocante. Mostra o quanto nós mulheres corremos diversos perigos e nem as crianças estão a salvo”, comentou uma internauta no Twitter.
Há tecnologias disponíveis hoje em dia que permitem a recriação de rostos e imagens de forma quase perfeita. Uma dessas técnicas é chamada de “deepfake”, tecnologia que usa inteligência artificial para recriar o rosto de uma pessoa na internet.
Em 2022, a cantora Anitta foi vítima de uma deepfake, quando seu rosto foi inserido em uma cena de sexo. Na ocasião, a assessoria da cantora se pronunciou sobre o caso.
“Não se trata de Anitta, mas sim de uma ação criminosa que utiliza de recursos digitais para enganar o público fazendo uma inserção do rosto de uma pessoa em outra”, divulgou a equipe.
Os aspectos legais desta prática ainda não estão definidos. Segundo especialistas, o desafio da regulação não é proibir ou impedir o deepfake, mas responsabilizar a criação de conteúdos criminosos.
Os criminosos, infelizmente, descobrem cada vez mais novas formas de acessar as vítimas. Por isso, a recomendação segue a mesma: pais devem sempre monitorar o acesso dos filhos na internet, preferencialmente, não permitindo conversas com amigos que não fazem parte do círculo de colegas já conhecidos.
Para denunciar um crime de abuso infantil, deve-se ligar para o telefone 100 que está disponível 24 horas por dia.
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