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Como Kiko Porto foi campeão da USF2000 em 2021 – World of Motorsport

Road to IndyKiko Porto é o grande campeão da temporada 2021 da USF2000 – foto: yesid/yacademy/rf1/divulgaçãoQuando começou a temporada

Como Kiko Porto foi campeão da USF2000 em 2021 – World of Motorsport

Road to Indy
Kiko Porto é o grande campeão da temporada 2021 da USF2000 – foto: yesid/yacademy/rf1/divulgação
Quando começou a temporada 2021 da USF2000, categoria que abre o programa Road to Indy, já havia a expectativa de que o campeonato deste ano seria o mais imprevisível de todos. Melhor para o brasileiro Kiko Porto que se sagrou o grande campeão.
Curiosamente, a USF2000 já foi considerada uma categoria chata. De 2011 a 2019, todos os seus campões correram pela mesma equipe, a Cape. Ou seja, nem sempre o melhor piloto era o vencedor. Ficava com a taça quem tinha o melhor equipamento.
Claro que a situação pode mudar nos próximos anos, mas dos nove campeões da Cape, apenas Oliver Askew de fato chegou à Indy. Kyle Kirkwood, ganhador em 2018, acaba de triunfar na Indy Lights e também tem grandes chances de subir à categoria principal em 2022.
Só que o domínio da Cape terminou em 2020, quando o dinamarquês Christian Rasmussen levou a equipe do ex-Indy Jay Howard ao primeiro lugar.
Foi nesse contexto que a temporada 2021 começou. De um lado estava a Cape, em busca de mostrar que a derrota no ano anterior tinha sido apenas um deslize e que poderia, sim, retomar a fase dominante da década passada.
Para isso, a Cape inscreveu quatro pilotos na USF2000 em 2021, sendo Michael D’Orlando o único que já tinha corrido pela esquadra no ano passado.
Outros três competidores apareciam como os principais favoritos a manter a Cape longe das primeiras colocações.
Porto era um deles. O brasileiro já tinha sido vice-campeão da F4 USA em 2019 e impressionado na USF2000 no ano passado, ao terminar o campeonato em décimo, com uma vitória, mesmo tendo ficado de fora de cinco corridas.
O ponto forte de Porto era ter renovado contrato com a equipe mexicana DEForce, a mesma para a qual compete desde 2018. Ou seja, ele estava mais do que adaptado. O negativo era a esquadra nunca ter sido campeã da USF2000 até então.
Seu principal concorrente era o americano Christian Brooks, que começou a carreira no rallycross antes de fazer a transição para os monopostos. Assim como o brasileiro, Brooks tinha vindo da F4 USA e ganhado uma corrida na USF2000 em 2020.
O último que aparentava poder ser campeão era Yuven Sundaramoorthy, que se tornou o piloto com mais corridas disputadas na USF2000 e apostava na experiência para ficar com a taça.
Em meio à essa concorrência pesada, Porto seguiu à risca a receita para ser campeão. Fez uma temporada consistente, vencendo quando foi possível e pontuando quando o carro não estava perfeito.
O brasileiro terminou as 18 corridas do campeonato com seis poles, quatro vitórias e outros seis pódios. Mas a estatística mais impressionante é que ele não abandonou nenhuma vez. Seu pior resultado foi o décimo lugar, justamente na primeira corrida do ano, em Barber.
Seus adversários tiveram altos e baixos. D’Orlando, que ficou com o vice, se colocou como principal rival do brasileiro na fase final da temporada ao obter cinco poles e três vitórias. Só que o representante da Cape acumulou três corridas terminando abaixo do 18º lugar, o que permitiu ao brasileiro disparar na tabela nessas provas.
Sundaramoorthy, o mais experiente do grid, também teve três resultados abaixo do 19º lugar e, no meio da campanha, enfrentou uma sequência de cinco corridas longe do top-5. Porto, em comparação, com exceção da rodada de Barber, jamais ficou duas provas seguidas longe do pódio.
E Brooks, que parecia um forte adversário no começo do campeonato ao obter duas vitórias consecutivas, chegou a ser desclassificado de uma das baterias no misto de Indianápolis e só foi ao pódio uma única vez nas últimas seis etapas. Aliás, sem chances de ser campeão, o americano nem sequer correu na rodada decisiva de Mid-Ohio.
Com Porto tendo conquistado um título mais do que merecido, agora resta ver quais são seus planos para a próxima temporada.
Por ter vencido a USF2000, o brasileiro ganha uma bolsa para competir na Indy Pro 2000 no ano que vem, mas ele próprio já indicou que pode preferir pular direto para a Indy Lights. Com a categoria intermediária tendo grids cada vez menores, mal passando dos dez carros, pode fazer sentido ignorá-la.
E o pernambucano, de quebra, encerrou um jejum de 24 anos sem títulos brasileiros na USF2000. O último tinha sido em 1997, conquistado por Zak Morioka.
Você pode clicar aqui para conferir os resultados completos de Kiko Porto na etapa decisiva da USF2000, assim como os das principais categorias do automobilismo mundial no fim de semana.
Jornalista de automobilismo. Especialista em F3, F4, F-Renault, Adac e nesses campeonatos que mais ninguém vê.
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Esse garoto tem um futuro brilhante se continuar mantendo o bom desempenho.
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