Cursos prometem dinheiro rápido com negócios on-line, mas pode ser uma fria; saiba evitar – Estadão
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Faça um curso e ganhe dinheiro na internet abrindo seu próprio negócio. O sucesso é rápido e garantido. Promessas desse tipo aparecem com frequência nas redes sociais, mas especialistas advertem que é preciso tomar cuidado para não cair num golpe.
“Não é de uma hora para a outra que a pessoa vai começar a vender ‘rios’ e fazer muito dinheiro em cima disso. É preciso ter muita cautela”, diz o professor de direito comercial da Faculdade de Direito da USP Roberto Augusto Pfeiffer.
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Os chamados gatilhos mentais utilizados para convencer as pessoas a comprar os cursos são muito eficientes porque agem sobre as vulnerabilidades – financeira e mental. “Ganhe dinheiro rapidamente”; “sucesso garantido”; “método testado”; “aprenda com quem já faz há muito tempo”; “tenha a liberdade que tanto busca”; “trabalhe de casa” e inúmeros outros.
A especialista em economia comportamental e fundadora da consultoria InBehavior Lab, Flávia Ávila, explica que essas armas são usadas para fazer com que as pessoas não parem para pensar sobre o tema.
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Um dos maiores nomes da área comportamental, Daniel Kahneman, ganhador do prêmio Nobel de economia e autor do livro “Rápido e devagar: duas formas de pensar” divide o pensamento humano em dois:
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Em vendas, o sistema 1 é sempre o mais explorado: é o popular agir por impulso.
Em vendas de cursos na internet, um dos vieses (truques) mais comuns é o da “escassez”: é ressaltada ao consumidor a ideia de que há poucas vagas ou que o tempo da promoção é limitado. Isso induz a pessoa a não raciocinar muito e sentir que é melhor fechar logo o negócio.
Isso não quer dizer que todos os cursos vendidos na internet sejam ruins ou golpes disfarçados. Mas, como afirma o consultor de negócios do Sebrae-SP Eder Max, é necessário estar preparado para separar o “joio do trigo”.
Muitos dos que vendem os cursos dizem ser especialistas no tema, mas na verdade não ganham dinheiro com a atividade que dizem dominar. A renda deles vem principalmente da venda dos cursos.
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Há três temas que são muito vendidos em cursos on-line com promessa de ganhos imediatos.
O mais “quente” atualmente é o dropshipping. Essa prática consiste em não ter um estoque físico. O empreendedor online atua como uma espécie de intermediário entre o fornecedor e o consumidor final.
Max explica que esse setor é extremamente complexo e demanda uma compreensão razoável de negócios e de área jurídica .
Porém, é muito comum encontrar cursos que prometem ensinar a ganhar renda extra com essa prática. “Nesses cursos, eles dão uma lista de fornecedores, por exemplo. Mas vai ser o mesmo fornecedor para todo mundo. Então, pulverizou a informação. Vai todo mundo atacar a mesma coisa”, diz. Isso pode resultar em um mercado saturado, diz.
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O segundo tema é o marketing digital. Neste tópico, a promessa é para que a pessoa conheça o mundo das vendas utilizando tráfego online. Ou seja, trazer pessoas para o site para que haja negociações.
Assim como no dropshipping, se muitos utilizarem as mesmas técnicas, são outras coisas que vão fazer a diferença, como relevância da marca ou de quem está vendendo. “Ninguém compra nada de quem não conhece”, afirma Max.
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O terceiro item mais comum é venda por marketplaces, como Mercado Livre e Amazon. Como sempre, o que se vende aqui é o retorno rápido.
Mas o maior cuidado é saber que o empreendedor não pode depender apenas destes sites para vender, é preciso diversificar, explica Max.
Se eles alteram o sistema de cobrança de taxas, por exemplo, aumentando significativamente essa carga, o negócio pode quebrar.
Ainda existem alguns cursos surgindo, como o de ChatGPT, pegando onda na repercussão sobre inteligência artificial, com dinâmicas semelhantes.
De acordo com os especialistas consultados, os cuidados para fazer escolhas certas, sem prejuízo financeiro, são os seguintes:
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A prática de vender cursos online não é regulamentada, ou seja, não existe um parâmetro legal sobre carga horária, métodos de ensino, entre outros tópicos essenciais para cursos como graduação e pós-graduação.
Consequentemente, existe um “mar aberto” de possibilidades. Mas isso não quer dizer que é “terra sem lei”, afirma Roberto Augusto Pfeiffer. A venda pode ser enquadrada como infração, passível de multa, quando ferir itens do código de defesa do consumidor.
“Por exemplo, anuncia um professor específico, mas ele tem uma participação ínfima, só na introdução do tema; vende comércio digital, mas não oferece o tema, o que poderia ser denunciado sob o prisma da publicidade enganosa; falta de qualidade mínima, entre inúmeros outros pontos”, explica Pfeiffer.
O caminho inicial, conforme diz Pfeiffer, é procurar pelos direitos do consumidor em órgãos especializados, como o Procon.
Normalmente, explica o professor, a taxa de sucesso deste tipo de reclamação costuma ser alta, mas, caso não se resolva dessa forma, é possível entrar na Justiça.
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