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SAÚDE COLETIVA
Debate foi coordenado pelo diretor de Tecnologia da Informação da Ebserh, Giliate Coelho Neto (primeiro da esquerda para a direita)
Brasília (DF) – O 9º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde contou com a participação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que coordenou a mesa “Inteligência Artificial e Equidade: rumo a uma abordagem decolonial”. O evento foi organizado pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e aconteceu em Recife-PE entre os dias 30 de outubro de 3 de novembro.
No papel de coordenador da mesa, o diretor de Tecnologia da Informação da Ebserh, Giliate Coelho Neto, levantou questões para o debate tal como a pouca diversidade de gênero e raça nas equipes de desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial e a reprodução de preconceitos e discriminação por algoritmos, o que acaba por contribuir e reforçar iniquidades no âmbito da saúde.
A mesa abordou o desafio em se enfrentar as desigualdades e iniquidades em saúde através de tecnologias digitais, em especial a inteligência artificial. O professor de Engenharia Biomédica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e especialista em Ciências Computacionais, Wellington Pinheiro, representando a Estratégia Latino-Americana de Inteligência Artificial (ELA-IA) apontou que os dados em saúde se constituem ativos valiosos no desenvolvimento tecnológico no âmbito da quarta revolução industrial, e que o Brasil deve ter políticas públicas robustas não só para protegê-los, como também para utilizá-los como motor da inovação nacional.
O coordenador do Observatório de Desenvolvimento e Desigualdades em Saúde e Inteligência Artificial da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Felix Rigoli, apresentou as bases da nova política de saúde digital do Ministério da Saúde, ressaltando a necessidade de as soluções de inteligência artificial serem desenvolvidas de acordo com os princípios de Sistema Único de Saúde, contribuindo para o incremento do acesso aos serviços de saúde, a qualificação do atendimento e melhoria da gestão pública.
O Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde é um dos eventos mais importantes da saúde pública brasileira e acontece a cada três anos. O evento na capital pernambucana reuniu 2300 participantes entre acadêmicos, profissionais da saúde e representantes movimentos sociais de todo o país, com apresentação de 1415 trabalhos e realização de 60 atividades oficiais. O encontro foi aberto pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade, que abordou desafios relacionados à transição demográfica, crises ambientais, desigualdade racial e desigualdade no acesso às tecnologias de saúde.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh

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