O YouTube acaba de atualizar seu Programa de Parcerias para permitir que criadores ganhem dinheiro com anúncios no formato Shorts, o concorrente do TikTok. A decisão foi anunciada na última terça-feira (20).
Agora, criadores de Shorts poderão monetizar seus vídeos com anúncios se alcançarem ao menos 10 milhões de visualizações na plataforma nos últimos 90 dias. Quem chegar lá vai receber 45% da receita dos anúncios veiculados nos vídeos. 

Até então, o programa exigia que youtubers tivessem mais de 1 mil inscritos e 4 mil horas de exibição para que pudessem veicular anúncios em seus vídeos e, com isso, garantir a monetização. 
Esta é a primeira vez que o YouTube oferece participação real nos lucros para vídeos de formato curto, disse Neal Mohan, diretor de produtos do YouTube. 
Além da monetização, o YouTube também disse que vai licenciar mais músicas para uso no Shorts. Os criadores serão remunerados da mesma forma, independentemente de usarem músicas licenciadas, ou não. 

O anúncio bate de frente com o TikTok e pode causar uma debandada de criadores do aplicativo vizinho. Isso porque a rede chinesa paga bem menos aos seus criadores. Só 4% de todos os vídeos na plataforma da ByteDance podem ser monetizados através do programa TikTok Pulse. 
Muitas plataformas de vídeos curtos ainda têm dúvidas sobre como incluir anúncios. Como o formato vai até três minutos de vídeo, é difícil incluir um anúncio no meio, por menor que seja, por exemplo. 
Os planos do YouTube incluem anúncios diferentes do formato longo. Eles não serão anexados aos vídeos, mas executados entre eles – como já acontece no TikTok. 

Ao final do mês, a receita de todos os anúncios será reunida e irá para o pagamento dos criadores inscritos no programa. A distribuição terá como base a participação dos criadores no total de visualizações de Shorts. 
Além do programa para criadores no formato Shorts, o YouTube anunciou a plataforma Creator Music. Ali, os criadores poderão navegar em um grande catálogo de músicas e escolher quais comprar e usar em seus conteúdos. 
Também é possível optar por faixas com opção de compartilhamento de receita: criadores e detentores dos direitos musicais ganham dinheiro com o conteúdo. A plataforma está em fase de testes beta. 

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas – em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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