Itaú BBA debate o crédito de carbono: entenda como funciona e como ganhar dinheiro com este mercado – Inteligência Financeira
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O mercado de crédito de carbono vem crescendo em meio à preocupação das empresas em reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
Isto é, na prática, instituições e pessoas que emitem os poluentes podem compensá-los comprando créditos de projetos que capturam o CO2. É neste contexto, portanto, que instituições financeiras, como o Itaú Unibanco, já vem se posicionando.
“Em 2019, fizemos uma revisão da nossa estratégia de sustentabilidade, com uma visão mais ampla para transacionar o banco para uma cultura de impacto”, ressaltou Luciana Nicola, diretora de Relações Internacionais e Sustentabilidade do Itaú Unibanco, durante o evento “Oportunidades no Mercado Voluntário de Carbono”, promovido pelo Itaú BBA.
De acordo com a diretora, “o objetivo sempre foi deixar de ter esse tema centralizado em uma área para torná-lo um projeto da instituição toda”.
De lá para cá o banco colocou em prática uma série de iniciativas. Dessa forma, em outubro de 2021 aderiu ao Net-Zero, política que envolve o compromisso de reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera.
Além disso, criou soluções de apoio às empresas clientes, com oportunidades de financiamento que aceleram a transição para uma economia de baixo carbono.
E não parou por aí. Foi criada também uma assessoria para identificar e desenvolver projetos de redução e remoção de emissões de gases de efeito estufa em processos produtivos e cadeias de valor.
A instituição também oferece a comercialização de créditos de carbono pela plataforma Carbonplace – um marketplace global de compra e venda de créditos pelos principais bancos internacionais.
“Queremos estar preparados para ser o banco da transição. Os impactos das mudanças climáticas já são uma realidade. Essa é uma jornada que vai além do Itaú Unibanco. Significa estar preparado para dialogar com todos e entender cada vez mais os desafios do setor”, ressaltou Luciana.
Na visão de Luiza Vasconcellos, head de Negócios ESG no Itaú BBA e conselheira na Biomas, o futuro do Brasil e do mundo é considerar aspectos de governança e ambiente nos negócios. Aliás, caminho esse que não tem volta e só deve evoluir.
“O mercado de carbono dentro do universo financeiro ainda é recente. Temos um período grande de aprendizado”, ressaltou.
A Biomas, empresa totalmente dedicada às atividades de restauração, conservação e preservação de florestas no Brasil, foi criada a partir da união do Itaú Unibanco com outros nomes de peso: Vale, Marfrig, Rabobank, Santander e Suzano.
Indo além do universo corporativo, qualquer um pode fazer parte deste movimento, inclusive investindo nos créditos de CO2.
É possível, por exemplo, acessar fundos que investem em ativos de crédito de carbono do mercado futuro.
Em 2021, o Brasil ganhou o primeiro fundo desse tipo, o Vitreo Carbono. Nesse caso, o investidor tem exposição a contratos futuros do carbono europeu.
Outra forma de investir é por meio de plataformas que vendem crédito de carbono tokenizado, como é o caso da fintech Moss.
Neste caso, investidores compram créditos de carbono de projetos ambientais certificados e armazenam os ativos em uma carteira digital.
Quando decidem vender, a negociação é feita em uma exchange em um processo semelhante ao de criptomoedas, via blockchain.
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