Jogos Paraolímpicos Rio-2016 lançam logomarca sensorial na Lagoa – Globo
26/11/2011 20h36 – Atualizado em 27/11/2011 14h49 Por Danielle Rocha Rio de Janeiro No ano passado, a menos de
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Por Danielle Rocha Rio de Janeiro
No ano passado, a menos de duas horas da chegada de 2011, a festa nas areias de Copacabana foi interrompida para que a logomarca dos Jogos Olímpicos Rio-2016 fosse apresentada. Neste sábado, pouco antes da inauguração da árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas, o público conheceu a marca das Paraolimpíadas de 2016. Criadas pela mesma agência – Tátil Design -, as duas seguem o mesmo padrão: escultural e em 3D. Mas a paraolímpica é multissensorial.
– Como não era uma concorrência, tivemos várias reuniões com os organizadores, com o Comitê Paraolímpico Internacional e atletas também. Tivemos informações preciosas. A marca tem um coração com uma certa energia especial. Para materializar a alma, usamos símbolos universais para aproximar pessoas: a espiral como ícone que traduz superação; o infinito, que representa a energia traduzida na garra; e o coração, signo fundamental, o centro vital de todo ser humano. A principal mensagem é que por dentro somos todos iguais. A marca é muito sensorial e a ideia é que seja experimentada, algo com que as pessoas possam interagir – disse Fred Gelli, criador e diretor da Tátil.
A revelação foi feita após uma apresentação de um balé – dois dos quatro bailarinos principais que interpretaram os atletas eram cadeirantes, e o terceiro, amputado -, seguida de um vídeo. Logo depois, o símbolo surgiu numa plataforma que subiu ao lado do palco. Numa sala, orientada pelos nadadores Daniel Dias e Clodoaldo Silva, Ádria dos Santos, fera do atletismo, foi às lágrimas ao tocar e sentir a escultura de poliuretano, que recebeu sensores de luz para integração ao toque e programação de movimento com som.
– Quando a toquei passou um filme da minha carreira na minha cabeça. Mexeu demais comigo ouvir, ao fundo, o som da torcida e do coração pulsando. Até agora estou emocionada. Ela é muito bonita – disse a atleta, deficiente visual.
O desafio de Gelli e sua equipe era criar uma marca que carregasse o mesmo DNA da olímpica. Até a escolha, ela foi apresentada para um júri de 12 membros, composto por representantes do governo e do Comitê Paraolímpico Internacional, além de especialistas em design olímpico. O processo durou 10 meses. Segundo Leonardo Gryner, diretor geral do Comitê Organizador Rio-2016, após dois meses de pesquisas veio o ok da empresa de que a marca era original e nova.
– Ela pode simbolizar muitas coisas, mas certamente simboliza o coração e o espírito paraolímpicos. Não tenho palavras para descrever essa escultura ainda – elogiou Sir Philip Craven, presidente do Comitê Paraolímpico Internacional.
A história dos Jogos teve início em 1948, quando veteranos da Segunda Guerra, com lesões na medula espinhal, reuniram-se em uma competição esportiva em Stoke Mandeville, na Inglaterra. No entanto, a primeira edição com estilo olímpico, foi organizada por Roma, em 1960. Apenas a partir de Seul-88, a mesma cidade passou a sediar os dois eventos.
Confira as logomarcas das edições das Paraolimpíadas, desde Tóquio-64: