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Mãe viraliza após compartilhar a logomarca feita pela filha de 13 anos para incentivá-la – Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Daniela Aquino Silva, 32 anos, nutre desde a adolescência uma paixão pela costura. Na falta de dinheiro para comprar

Mãe viraliza após compartilhar a logomarca feita pela filha de 13 anos para incentivá-la – Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Daniela Aquino Silva, 32 anos, nutre desde a adolescência uma paixão pela costura. Na falta de dinheiro para comprar tecidos e uma máquina para costurar, ela faz suas peças com três agulhas, reaproveitando o que tem em casa, até sacos de lixo. Com o sonho de abrir a própria marca, ela foi flagrada pela filha, Maria Clara, 13 anos, em um momento de frustração. Tocada pela cena da mãe chorando, a menina desenhou uma logomarca para o negócio e mostrou que tem talento pro design. A publicação que a mãe fez em um grupo do Facebook conquistou mais de 4 mil curtidas e pedidos para a jovem criar mais logomarcas.
Maria Clara, 13, criou uma logomarca para a mãe para incentivá-la a continuar costurando (Foto: Acervo Pessoal)
Silva costuma se dedicar à costura durante as madrugadas, com a casa silenciosa, quando ela deixa a criatividade fluir. A primeira vez que mexeu em uma máquina de costura foi dos 14 para os 15 anos, quando fez um curso de corte e costura em Salvador. “Desde a adolescência, eu tenho o sonho de ter a minha marca, a Dani Modas. Só o meu marido e meus filhos sabiam disso. Estava muito frustrada, com vontade de desistir. Cansada de tentar e nada acontecer. Sempre tive o sonho de ter o meu ateliê para dar uma vida melhor para a minha família”, afirma.
Em um desses momentos de frustração, escondeu-se no quarto para chorar. A filha mais velha, Maria Clara, encontrou a mãe, com um vestido na mão. Deu um abraço e disse que tudo ia melhorar, pegando sua mochila e saindo do quarto. Depois de meia hora, voltou com um desenho em mãos: ela tinha desenvolvido uma logomarca para a Dani Modas.
“Me arrepiei toda e comecei a chorar. Ela dizia para eu me acalmar, que era só uma logo e eu respondi que seria o começo de tudo”, relembra. Silva conta que a ação da filha reacendeu a sua vontade de sonhar. Inspirada por Maria Clara, ela publicou a ideia da menina no grupo Faça Você Mesma, no Facebook e, dois dias depois, a postagem já reúne mais de 4 mil curtidas.
O vestido que levou Maria Clara a criar a logomarca para a mãe, criado a partir de uma calça (Foto: Acervo Pessoal)
Mãe coruja, Silva diz que a menina é muito sonhadora, caprichosa e estudiosa. A jovem ama tecnologia e aprendeu sozinha a editar vídeos pelo celular. Há três anos, dedica-se a aprender coreano pelo YouTube e surpreendeu a mãe ao criar o desenho. “Eu não sabia desse lado dela, nem sei se ela mesma sabia, mas ela disse que ama muito esse mundo. Ela tem a mão boa pra desenho”, afirma. Depois da publicação, três pessoas procuraram Silva pedindo para Maria Clara criar uma logo e agora os planos são de procurar um curso para a menina aprender mais sobre design.
Silva também sente que precisa se profissionalizar. Desde que começou a publicar as suas criações no grupo de Facebook, onde diz receber muitos incentivos, ela passou a ser procurada para fazer encomendas, mas afirma ainda não se sentir segura para atender clientes. “Preciso ter responsabilidade. Jamais vou aceitar pedidos se não tenho como produzir, por falta de material e equipamento. Pra vender pra fora, precisa ser profissional”, pontua. Agora ela quer buscar um curso pela prefeitura para investir no talento e crescer.
Inspirada em look que a cantora Rihanna usou no Met Gala, Silva criou a sua versão do vestido com o que tinha em casa: sacos de lixo (Foto: Acervo Pessoal)
A baiana mudou-se para Vargem Grande Paulista, no interior de São Paulo, com o marido e as filhas, Maria Clara e Marcele, há 10 anos. Quatro anos depois, a família aumentou com a chegada de Davi. Sem rede de apoio na cidade, ela começou a fazer bicos para conciliar a vida profissional com a criação dos filhos.
Há seis anos, iniciou um pequeno negócio de venda de acarajés na cidade e ficou conhecida como Dani do Acarajé, chegando a vender em um ponto físico, mas precisou desistir da ideia com o recente aumento no preço dos insumos e do aluguel. O sonho da mãe é conseguir construir um espaço para montar um ateliê e outro para fazer o acarajé e atender os clientes que já conquistou na região.
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