Meta vai proibir anunciantes de direcionar anúncios para grupos específicos no Facebook e no Instagram – Época NEGÓCIOS

Meta muda política de anúncios do Facebook e do Instagram (Foto: Chesnot/Getty Images)
A Meta, empresa que agora comanda o Facebook e o Instagram, afirmou que vai proibir anunciantes de usar opções detalhadas de direcionamento de anúncios que mostram conteúdos com base no envolvimento dos usuários com segmentos considerados “sensíveis”, como raça, etnia, religião, política e orientação sexual.
As opções de direcionamento detalhadas, segundo a companhia, não são baseadas em características físicas ou escolhas pessoais dos usuários. Elas são elaboradas de acordo com o que os anunciantes acreditam interessar à pessoa conforme a atividade nas plataformas sociais.
“Nós ouvimos preocupações de especialistas de que opções de direcionamento como essas poderiam levar a experiências negativas para pessoas que são de grupos sub-representados”, disse o vice-presidente de marketing e anúncios da Meta, Graham Mudd, em comunicado, para justificar a decisão.
O executivo afirmou que não foi fácil para a companhia seguir por esse caminho e remover o direcionamento detalhado de anúncios, uma vez que afeta diretamente os interesses das empresas anunciantes. “Sabemos que essa mudança pode impactar negativamente alguns negócios e organizações”, comentou Mudd. “Estamos confiantes de que podemos desenvolver nosso sistema de anúncios para corresponder às necessidades de todos que atendemos”, complementou.
De acordo com o The Verge, Meta planeja deletar muitas opções de direcionamento “confidenciais” após vários casos em que o Facebook precisou remover categorias controversas no passado. Antes, por exemplo, os anunciantes podiam segmentar conteúdos para grupos anti-semitas e de pseudociência, ou direcionar publicidades sobre habitação e emprego em “afinidade multicultural”, o que podia excluir certos grupos de pessoas.
A publicação pontuou também que a alteração da Meta na política de anúncios pode estar relacionada aos escândalos recentes que a empresa se envolveu sobre a saúde mental dos usuários, especialmente dos adolescentes, ou até ser uma preparação para uma possível proibição de publicidade por meio de rastreamento, iniciativa que faz parte dos esforços de órgãos regulatórios da União Europeia (UE).
A proibição passa a valer a partir do dia 19 de janeiro de 2022, e não vai impedir a companhia de mídia social de direcionar conteúdos com base na idade, sexo e localização dos usuários, apenas bloqueia a segmentação em subgrupos específicos.
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