Nathalia Arcuri: “Teremos milhões de clientes, mas sem faturar bilhões” – Comportamento – Estadão E-Investidor – As principais notícias do mercado financeiro – E-Investidor
PublicidadeA especialista em finanças e influenciadora digital Nathalia Arcuri junto com o também especialista e professor Eduardo Mira anunciaram
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A especialista em finanças e influenciadora digital Nathalia Arcuri junto com o também especialista e professor Eduardo Mira anunciaram o lançamento de um novo curso de pós-graduação. Fruto de uma parceria com a Voomp Creators, plataforma de produtos digitais da Cogna Educação (COGN3), o “MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos” busca propiciar aos estudantes o conhecimento necessário para fazer uma gestão profissional de investimentos, por meio do “método Arcuri”.
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Em entrevista exclusiva ao E-Investidor, Arcuri e Mira afirmam que a plataforma de educação financeira recusou vários convites de grupos educacionais, por “desalinhamento de propósitos” – veja no final desta reportagem o vídeo da entrevista com os dois especialistas.. Optaram pela Cogna pela estrutura tecnológica, que permite, por exemplo, que o aluno tenha acesso vitalício às aulas, além do alcance.
“Eu dou aulas há mais de 20 anos, sempre fui acadêmico e mesmo quando era o único professor de um curso, seguia a mesma ideia aplicada em uma instituição de ensino”, afirmou Mira. “Quando a Me Poupe! teve a oportunidade de ter uma instituição de ensino para dar suporte, validação e o selo do MEC (Ministério da Educação), conseguimos transformar o nosso conhecimento em um MBA.”
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Com duração de 12 meses, o MBA terá custo de R$ 6,9 mil e carga horária de 400 horas. A primeira turma foi aberta em agosto e outra deve ser aberta em 2024. O diploma será emitido pela Anhanguera, instituição de ensino da Cogna. “É um material muito profundo, uma formação ampla e a um preço acessível. Falaremos de renda fixa, renda variável, criptoativos, mercado internacional, de tudo que as pessoas precisam saber para investir bem o seu dinheiro, de forma profissional”, diz Mira.
O lançamento do MBA ocorre cerca de seis meses após Arcuri relatar que a Me Poupe! pararia de vender cursos a pessoas físicas – até então, fonte de 94% das receitas da companhia. Na época, essa decisão resultou no corte de 50% da equipe.
Em entrevista concedida ao E-Investidor em 27 fevereiro, a executiva afirmou que a plataforma passava por uma “virada de chave” e que a partir daquele momento concentraria recursos no desenvolvimento de um novo aplicativo financeiro de inteligência artificial, tornando-se, assim, uma “finpatech”, empresa de tecnologia financeira com foco em impacto social.
Questionada sobre o porquê de lançar um novo curso, se a ideia era parar de vender estes produtos, Arcuri afirma que sempre preza pela sustentabilidade financeira da companhia e que não vê esse lançamento como algo conflitante com sua fala inicial. “Muito pelo contrário. Eu acho que é uma prova de que uma empresa inovadora precisa se reconstruir e estar disposta a, inclusive, se desfazer dos seus próprios paradigmas constantemente”, afirma Arcuri.
A empresária também citou que a expansão do aplicativo ainda não está em linha com a necessidade da Me Poupe! em “gerar valor para o Brasil”. “O app tem uma curva de crescimento que, infelizmente, está bem aquém do que gostaríamos que fosse – também por uma questão de recursos. Lembrando que 100% dos recursos da Me Poupe! são da empresa, não temos investidores de fora”, ressalta a fundadora da plataforma.
Mira ressalta o MBA não impacta no desenvolvimento do aplicativo e vice-versa. “O desenvolvimento do app continua a plenos pulmões. Enquanto isso, eu estou fazendo o educacional, dando aula, coordenando”, diz. “Até porque a ideia do app é atender milhões de pessoas. O MBA, infelizmente, não terá esse alcance.”
O novo aplicativo está em fase de testes, mas já pode ser encontrado para download. De acordo com Arcuri, o objetivo é que o app se torne um assistente na tomada de decisões financeiras. Para fazer isso, a inteligência artificial fará a leitura de dados financeiros de usuários, disponibilizados via Open Finance.
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A expectativa é de que, além de fazer recomendações de investimentos, o app seja capaz de gerar ideias sobre a vida financeira do usuário. Ele deve, por exemplo, identificar para quais gastos seus recursos estão sendo direcionados, alertar sobre padrões de consumo, investir pelo usuário e colaborar para o alcance de metas financeiras.
A IA foi abastecida com os conteúdos criados pela Me Poupe! na última década e está preparada para aplicar a metodologia criada por Arcuri. Atualmente, segundo a executiva, o aplicativo possui 15 mil pessoas cadastradas e R$ 4 milhões já investidos pelo app, com 400 mil usuários na lista de espera. Até 2025, entretanto, a projeção é bastante ousada. “A nossa meta é ter 15 milhões de clientes”, diz a criadora da companhia.
Apesar de hoje ser disponibilizado gratuitamente, o app terá ainda este ano uma assinatura mensal, cujo preço ainda não foi revelado. “Mas o que a gente quer é que qualquer pessoa que ganha um salário mínimo seja capaz de pagar”, diz Arcuri. O modelo de pagamento mensal vem com a perspectiva de tentar eliminar o conflito de interesse do processo.
“Então a gente cobra pelo serviço, não ganha uma participação, um colateral, um rebate, nada disso”, afirma Arcuri. “Ao contrário dos bancos que visam lucros exponenciais, aqui na Me Poupe!, visamos salários justos e sustentabilidade. Outros players não fazem modelo de assinatura porque não dá tanto dinheiro. Vamos ter milhões de clientes, mas não vamos faturar bilhões.”
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