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O novo caminho dos influenciadores digitais
O novo caminho dos influenciadores digitais
Caio Braz
Jornalista e apresentador de TV
Eu me pergunto o que Fernanda Young diria de nós. Será que ser creator não virou uma coisa cafona?
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23 de fevereiro de 2023 – 13h00
Crédito: Shutterstock
– Amiga, eu não aguento mais fazer conteúdo.
– Nem eu.
– Eu acho que toda a nossa geração não aguenta mais também.
– Mas a gente não pode desistir.
É muito provável que se você conversar com qualquer influencer que está na faixa dos 30 anos e que viva há muito tempo dessa mistura de geração de conteúdo, ‘show do eu’, e amor e ódio digital, você escute esse diálogo.
Nós, criadores de conteúdo millennials, embarcamos no desejo da vida e do trampo descolado, e convencemos um montão de gente a fazer isso. Encontramos na internet uma possibilidade infinita de conexões e de encontros. Mudamos as nossas vidas, e participamos das mudanças do mercado publicitário, artístico e do entretenimento. Um percurso inesquecível. Mas depois de um tempo, algumas fichas começam a cair.
Eu me pergunto o que Fernanda Young diria de nós. Será que ser creator não virou uma coisa cafona? Se ser um creator é um pouco cafona, então eu sou um pouco cafona. Mas na verdade, eu sou muito creator, há muitos anos, sou da primeira geração. Oh não, eu sou muito cafona. Que desastre!
Não é uma pura questão de esgotamento (embora estar esgotado diga muito sobre o tempo em que vivemos), mas realmente de entender para onde aponta a creator economy – se quem a fundou se sente olhando para um espelho que começa a se quebrar?
Então, meu querido amigo creator, se esta crise ainda não bateu em você, parabéns, agradeça a seus guias, mas deixa eu te mandar uma lista de perguntas que eu me faço quando estou ansioso pra você entrar na minha noia:
Será que em 10 anos, ainda quero viver pedindo que as pessoas me curtam, me compartilhem e se inscrevam nos meus canais?
Será que eu sou capaz de realmente gerar algo que tenha propósito para mim e para as demais pessoas, ou o meu propósito tem sido alimentar o meu ego e comemorar quando ganhar likes e comentários?
O quanto eu consigo de fato ter experiências verdadeiras, se estou obcecado em documentá-las?
O quanto minhas escolhas são minhas de fato, ou estou fazendo para que um público ou um mercado me enxergue dessa maneira?
Como é possível que eu me sinta sólido se eu tenho um patrão volátil como os algoritmos movediços da Meta?
Se todo mundo gosta e engaja em uma treta digital para ganhar notoriedade, como eu me torno relevante se eu não quero viver brigando na internet?
Se eu vivo na economia da atenção, como eu existo no mundo se eu não consigo capturá-la do outro?
O que eu ainda tenho para falar de inédito e relevante?
O quanto eu ainda aguento que a minha autoestima dependa da validação e do engajamento de pessoas que muitas vezes eu nem conheço pessoalmente?
Será que eu quero mesmo fazer essas dancinhas, ou o capitalismo me rege até no jeito de expressar meu corpo?
Se você é creator, leu essas perguntas e ficou intrigado sobre o seu futuro, parabéns, está na hora de pensar nele.
Não tem influencer ‘das antigas’ hoje que não esteja pensando para onde deseja seguir: essa ressignificação já está acontecendo.
Muitos estão embarcando na onda do empreendedorismo: olha a quantidade de marcas de beleza recém-criadas ou restaurantes de influenciadores. Alguns estão percorrendo o caminho acadêmico – um pouco mais raro, mas tem muita gente que está voltando a fazer mestrado e pensando em ensinar comunicação nas universidades. Ou seja até na política: já é enorme a quantidade de influenciadores se candidatando a vereador, deputado, participando de secretarias de prefeituras e governos, transformando a liderança digital em liderança social.
É óbvio que a maioria de nós seguirá criando conteúdo e fazendo publicidade por muito tempo. Essa carreira, se feita com inteligência e autenticidade, tem uma boa rentabilidade. Eu mesmo não tenho vontade nenhuma de desistir, mas penso sempre nos caminhos da renovação.
Não acho que seja apenas uma questão de diversificar um ‘portfólio’ de renda, mas sim de transformar a sua influência em algo diferente, em descolar da competitividade digital e da rotina 24/7, e de viver mais conectado com as pessoas reais, de carne e osso mesmo.
Assim como nós embarcamos na creator economy anos atrás com o ímpeto de renovar uma indústria e participar ativamente da construção de imaginários na internet brasileira, é hora de olhar para o futuro e entender como lidar com a saturação das redes e os novos contextos que se apresentam.
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