Publicidade dá dinheiro? – Design Culture
Primeiramente, quem dá dinheiro é pai, e nem isso às vezes. Pronto, pode seguir a leitura.Ao longo de muitos anos e
Primeiramente, quem dá dinheiro é pai, e nem isso às vezes. Pronto, pode seguir a leitura.
Ao longo de muitos anos e por diversas vezes escutei a seguinte frase: “Publicidade? Credo, isso não dá dinheiro”. Parei, pensei, pensei mais um pouco, pensei muito. Finalmente fiz minha escolha.
Hoje resolvi motivar você, e quem sabe reacender a centelha de esperança em cada coração desiludido e prestes a cursar engenharia. Escrevo para cada leitor o que está preso na garganta, um grande nó, desses que a gente sente quando vai chorar.
Confesso que não será fácil ler alguns parágrafos a seguir, mas tente chegar até o fim.
Eu seria um hipócrita e mentiroso se dissesse a você que o ramo publicitário é fácil, cujo mercado é 100% imersivo, ou que sempre haverá muitas vagas com salários maravilhosos. Leiam aqui a matéria escrita pela jornalista Cínthia Demaria sobre o tema em questão.
A coisa está feia, difícil. Amiguinho, apenas os fortes sobrevivem. Me desculpem os esperançosos, mas eu não gosto de ludibriar. Essa é a real sobre o mundo da criatividade. Mas esperem, não liguem para suas faculdades pedindo a troca de curso.
Por pior que as coisas estejam, sempre há uma luz no fim do túnel. Para que portas se abram é necessário um grande impulso por parte de cada publicitário, uma força de vontade e muito estudo que será recompensado, pode até demorar, mas caso você se destaque, milhares de oportunidades surgirão. Faça valer seus esforços.
Eu gostaria de dar alguma outra dica, até mesmo criar um post com os “10 passos mágicos para o sucesso na carreira comunicacional”, mas não posso. Cada um precisa trilhar seu próprio caminho, não espere ajuda de ninguém, nem do professor mais legal do mundo.
Você tem certeza do que quer? Então siga em frente, leve os tombos da vida, mas sempre se levante, sempre. Até os maiores publicitários já foram rejeitados no início de suas carreiras, inclusive o Olivetto.
Tem muito lugar bacana para se trabalhar, locais dignos para serem chamados de agência. Alguns criativos pensam que somente as grandes agências possuem um formato de trabalho inovador, e por lógica, imaginam ser quase impossível chegar lá. Não é bem assim. Existem muitas empresas de menor porte dando um show no quesito “amo esse lugar”.
Ao contrário dessas maravilhosas empresas, existem “empresários” com a mente fechada, sem perspectivas de crescimento. São pessoas que se prendem a um passado de metodologias em declínio. Muitas empresas não conseguem dar suporte aos funcionários, e como consequência, prejudicam todo processo de criação.
A cada dia novas agências surgem, mas infelizmente não conseguem acompanhar a qualidade exigida. Se o mercado está complicado, veja o quanto vai piorar caso as agências queimem o filme de bons funcionários, ou os funcionários queimem o filme de boas agências. Busquem ajudar no local de trabalho, deixem ideias construtivas e faça sua parte.
Se você trabalha em um lugar que não se sente bem, eu aconselho a pular fora do barco. A dica vale para os empregadores também, saiam fora de pessoas sem profissionalismo. Uma boa agência de publicidade é composta de gente, respeito e amor ao que se faz ali.
A desvalorização de um publicitário começa por ele mesmo, afinal, muitos recém formados saem das faculdades aceitando qualquer valor na carteira de trabalho. Eu não disse que um garoto de 24 anos e sem experiência deva ganhar o mesmo salário de um profissional que está há 20 anos no mercado, nada disso. Porém, aceitar empregos com salários medíocres é o mesmo que jogar quatro anos da vida pro alto.
Outro ponto é: muitos não tem disposição para trabalhar. Se é difícil pra quem estuda e corre atrás, imagine para quem sequer abre um livro. Tenha em mente que você dificilmente terá uma vida fácil. Possivelmente terá que sentir a dor de trampar em agências ruins junto a salários baixos (baixos, não medíocres). Mas um dia a vida melhora, o portfólio se enche de ótimas ideias e a lista de contatos aumenta.
Você pode até não ficar rico, mas acredite, não será necessário viver de aluguel ou pedir esmolas. Seja o diferencial que todos esperam, dentro e fora da agência. Procure se informar e fazer cursos extracurriculares. Mexa-se!
Enfim, não quero desanimar ninguém, muito pelo contrário, pois eu jamais desistiria de qualquer sonho. Se você tem certeza de que é isso o que deseja, então se prepare para uma árdua caminhada. Se a publicidade não é seu ramo, siga em frente, busque aquilo que te faz feliz.
Siga seus sonhos até o fim, e se cair 100 vezes, levante-se 101. Apenas seja digno naquilo que faz, torne-se um apaixonado, faça com prazer, simples assim. Publicidade não dá dinheiro, trabalho duro e muita persistência sim, esses quesitos ajudam a conseguir o tão almejado dinheiro.
A vida é uma só e eu não faria engenharia por nada nesse mundo. Sigo minha jornada feliz, porque o importante é saber viver. Dinheiro é essencial, mas será que vale a pena perder uma vida inteira por ele?
“Os publicitários bem-sucedidos geralmente são pessoas que trabalham duro, têm vontade de vencer e muito tesão pelo ofício. Aliás, qualidades indispensáveis para obter sucesso em qualquer atividade que eu conheço” Carlos Domingos.
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Quero falar sobre o que me trouxe até aqui.
Mas antes, eu te pergunto:
Porque você quer seguir em frente?
O que te motiva?
O que te impulsiona para ser melhor?
É dinheiro? É fama? É status? É a loucura?
Me disseram que os salários em agências são ruins, o mercado é complicado e apenas os fortes sobrevivem.
A frase “Se você quer ser alguém na vida, faça medicina” é sempre pronunciada e dita como uma sentença.
“Amigos” me desanimaram e disseram que eu não “dou pra coisa”. Quase desisti, na verdade por pouco não fiz outro curso. Mas tudo não passou de apenas um “quase”, desses que a vida insiste em colocar no caminho. Então, escolhi continuar atrás do meu sonho.
Em meio ao desanimo, descobri famosos muito iguais a mim, e iguais a você também. O que seria de Jobs caso desistisse? Beethoven ficou totalmente impossibilitado de ouvir aos 46 anos e em total surdez compôs ainda 44 obras musicais.
Ninguém nasce bom, ninguém!
Por que ser publicitário?
Respondendo ao questionamento acima, eu te digo que faço publicidade porque a sociedade precisa de pessoas que observem o mundo de forma diferente, de outro ângulo e com outra perspectiva.
Eu sou o que sou pelo prazer e por acreditar que ninguém vai ditar como devo sonhar.
Algo somente é inalcançável para aqueles que se contentam com pouco, mas nós, os criativos, pegamos o pouco e transformamos no suficiente par alcançar a meta. Limitações precisam ser vencidas.
Como é difícil cumprir prazos de 24 horas ou 24 minutos e ter a competência de levar uma mensagem a milhares de pessoas com total responsabilidade.
Enfim, sou publicitário porque nem todos nasceram para trilhar esse caminho. Acredito que posso fazer a diferença.
E você?
Meu nome é Jefter, tenho 26 anos e sou estudante de publicidade. Nascido e criado no maravilhoso estado de Minas Gerais, me aproximei da comunicação em 2008, dando início a minha vida profissional como criativo. Fui de braços abertos para o design, web design, diagramação e arte final, mas depois de algum tempo me envolvi em um relacionamento sério com o ramo publicitário, no qual pretendo me especializar e seguir carreira. Sou cristão, não gosto de queijo, leite, e acredite se quiser, café nem chega perto da minha mesa. Enfim, amo cachorros, amo a Apple, amo meu trabalho, amo a Jéssica, amo ser geek. Por enquanto é só, mas quando eu conseguir dominar o mundo prometo que atualizo aqui.
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