The Freestyle (2023): continua o melhor projetor portátil do mercado | Review – Olhar Digital
Em 2022 a Samsung resolveu que era hora de entrar de cabeça no mercado de projetores, mas ela fez
Em 2022 a Samsung resolveu que era hora de entrar de cabeça no mercado de projetores, mas ela fez isso de forma curiosa: com um produto pequeno, portátil e que tem pouco mais do que o tamanho esperado para um copo de refrigerante de fast food. Em 2023 a empresa coreana atualizou o produto e ele mudou quase nada.
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Quando falo quase nada, isso envolve absolutamente nada por fora e muito pouco por dentro. A principal novidade está na possibilidade de colocar dois deles para mostrar uma só imagem, junto de controle remoto capaz de funcionar praticamente sem parar e isso sem gastar pilhas, ou precisar de cabo para recarregar.
Por outro lado, o novo The Freestyle arrumou o maior problema da geração anterior: o preço. Eu passei alguns dias testando o projetor e conto minha experiência neste review.
Não dá para olhar para o The Freestyle e não ver um copo de refrigerante não muito alto, mas largo. Este poderia ser um problema para quem pensa em deixar o projetor fixo em um só local, mas eu não vejo qualquer ponto negativo. Este produto é um dos únicos que cabe na mochila e nem ocupa tanto espaço lá dentro.
É excelente não somente para ser transportado para fora de casa, mas também para ficar firme em qualquer lugar de dentro dela. Este ponto é auxiliado por uma base em metal capaz de segurar firme o projetor em qualquer ângulo desejado, seja projetando para frente, apontado para a traseira ou mesmo para cima.
No lado oposto da lâmpada, temos o mesmo alto-falante de 5 watts que estava no modelo anterior e ele é alto o suficiente para preencher uma sala pequena. A Samsung promete áudio em 360 graus, mas com apenas um speaker você tem é uma experiência direcional para onde ele aponta. Se projeta para a esquerda, som sai para a direita – é uma questão de física.
Ter o som direcional para a traseira do projetor é uma ideia bacana, pois é quase que certeza que você estará atrás do The Freestyle enquanto ele projeta. Com isso o áudio vai direto para o espectador, aumentando o volume dele.
Você não tem áudio estéreo, mas pode ligar qualquer sistema de som ou fone de ouvido na conexão Bluetooth e resolver este ponto – até mesmo uma soundbar. No geral a experiência sonora é bacana, mas ela não tem qualquer grave e distorções não são raras em volumes elevados.
Existem duas entradas no projetor, sendo uma para o cabo USB-C que leva alimentação de energia, enquanto outra é um HDMI no padrão micro e isso significa que você precisará comprar um cabo separadamente, ou um adaptador. A sorte é que no mercado eu encontrei soluções confiáveis beirando os R$ 30 e com ela você pode plugar qualquer coisa, seja um DVD, Bluray, console, conversor de TV a cabo ou soundbar para levar o áudio por fio até ele.
Onde fica a lâmpada de projeção você encontra os únicos botões e são todos sensíveis ao toque, em uma superfície lisa. Funcionam para quando o controle remoto já se perdeu no sofá.
Por fim, o controle permanece o mesmo da geração passada. Ele é uma versão mais simples de outros presentes nos televisores da Samsung. Por outro lado, o novo modelo adota um painel solar na parte traseira e ele é suficiente para recarregar a bateria para uso do periférico. Até a luz artificial é suficiente para isso, mas ainda existe uma porta USB-C para quem prefere viver na escuridão até de lâmpadas.
O The Freestyle continua com a mesma lâmpada da geração anterior e sua capacidade de manter nitidez em até 100 polegadas de espaço em uma parede ou superfície. Ela também continua com sensores para ajustar sozinho o foco, dimensões e isso vale até mesmo para quem quiser ver alguma coisa com o projetor em 45 graus da parede, ou mais – ele compensa isso.
Outro ponto importante, mas que também segue inalterado com a geração anterior, é a compensação por cor da parede. Na maior parte das vezes você vai projetar qualquer coisa do The Freestyle em uma superfície branca, mas vá tranquilo se ela for de outra cor. Eu testei em um local alaranjado e toda a saturação esperada para Futurama estava presente e sem pender para nenhum lado.
Sozinho o The Freestyle percebeu que a parede não era branca e ajustou as cores para que nenhuma ficasse errada. É possível alterar manualmente, mas o trabalho automático me deixou bem animado. A resolução de imagem continua Full HD e isso está longe de ser ruim, já que certamente você vai ficar mais distante do local de projeção e não é possível ver pixels com facilidade.
O brilho também segue muito bom e se sua sala não é das mais escuras, é só aproximar o The Freestyle do local onde ele manda a imagem para que ela fique mais clara. A ideia é a mesma de uma lanterna: quanto mais próximo do objeto, mais ela ilumina.
Em qualidade de projeção eu não tenho do que reclamar, mas também gostei da geração passada e é muito seguro dizer que você não perde nada comprando o modelo anterior. A única mudança é a possibilidade de parear dois The Freestyle para que eles juntem as projeções em uma só, lado a lado para criar uma tela muito mais larga (ou alta).
Por dentro, o Tizen continua por aqui e ele é basicamente o mesmo que você encontra em qualquer TV da Samsung. Isso poderia ser ruim, mas está longe de ser. Existe suporte para literalmente qualquer serviço de streaming popular no Brasil, desde Globoplay, Netflix, Prime Video, Disney+, Apple TV+, Pluto TV e Star+.
Um bônus nesta segunda geração é a adição do modo de jogo, que permite entrar com uma conta da Microsoft ou da Nvidia e jogar via streaming ao parear o projetor com um controle Bluetooth qualquer. Esta tecnologia é chamada de Gaming Hub e eu sinto ela apenas como um acionamento do software, pois não existe mudança no processador ou outras partes deste modelo – assim, teoricamente, o primeiro The Freestyle também deveria ser compatível.
Por fim, tudo do Tizen tira proveito apenas de conexão Wi-Fi. Eu imagino que qualquer pessoa disposta a gastar o que um The Freestyle custa, tem rede sem fios em casa e então não é um problema não ter porta para cabo de rede. O único problema foi a falta de suporte para redes mais velozes do Wi-Fi 6 – temos apenas Wi-Fi 5 aqui.
Olha, com a solução para o maior problema do primeiro modelo, que era o preço, eu não consigo não recomendar o The Freestyle. Ele custa quase a metade da geração passada e não está tão distante de uma TV 4K da marca, se você move um pouco além do modelo básico de entrada.
A questão é que você tem um projetor e isso significa alguns detalhes automáticos deste tipo de produto, como a necessidade de ambientes mais escuros, enquanto outro é a garantia de poder aumentar o tamanho da imagem se quiser – basta ter espaço para projetar até 100 polegadas em distância de 2,7 metros da parede.
Lembre também que o áudio não é tão envolvente quanto promete a Samsung, mas ele é alto o suficiente para compensar o barulho incessante da ventoinha trabalhando para resfriar o conjunto. Você pode resolver este ponto ao parear o The Freestyle em qualquer sistema de som por Bluetooth, ou via HDMI. Por fim, é um projetor competente que cabe numa mochila pequena para você levar para onde quiser.
É uma experiência sem concorrência no Brasil e a Samsung briga com ela mesma, pois o único concorrente para o The Freestyle (2023) é o modelo anterior. Ele custa menos e levando você apenas perde o Gaming Hub e a lâmpada tem 20 mil horas de vida útil, contra 30 mil no mais recente.
Sim, o The Freestyle é mais caro que uma TV grande e com qualidade muito maior de áudio e vídeo, mas você não coloca ela na mochila e leva para outro cômodo ou para a casa do amigo, o hotel, o apartamento de férias…
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